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17 DE MARÇO DE 2017

Presidente da Aojesp critica reforma baseada em expectativa de vida


"De onde tiram essa média de idade, dizendo que todo mundo vai chegar saudável aos 80 anos para usufruir da aposentadoria? O sujeito vai morrer trabalhando."



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 (1 de 2) Salvar imagem em alta resolução

Presidente da Aojesp, Mário Medeiros Neto falou durante o lançamento da campanha

Presidente da Aojesp, Mário Medeiros Neto falou durante o lançamento da campanha
Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução

Presidente da Aojesp, Mário Medeiros Neto falou durante o lançamento da campanha



O presidente da Aojesp (Associação dos Oficiais de Justiça do Estado de São Paulo), Mário Medeiros Neto, questionou um dos argumentos usados pelo governo Michel Temer (PMDB) para defender a reforma da Previdência Social: o de que a mudança no sistema é necessária em razão do aumento da expectativa de vida da população em geral.

"De onde eles tiram essa média de idade, dizendo que todo mundo vai chegar saudável aos 80 anos para usufruir da aposentadoria? Uma pesquisa na cidade de São Paulo mostrou que na região nobre a expectativa de vida é de 78 anos, enquanto na região pobre é de 54 anos apenas. Ou seja, o sujeito vai morrer trabalhando", criticou Medeiros Neto.

Representando uma das entidades que são parceiras na campanha "Reforma da Previdência NÃO!", lançada oficialmente na tarde desta sexta-feira (17) na Câmara de Vereadores de Piracicaba, o presidente da Aojesp também falou das alterações, previstas pela Proposta de Emenda à Constituição, que afetam a aposentadoria de servidores públicos.

"A reforma da Previdência no serviço público já foi feita: desde 1998 vem vindo e em 2012 foi implementada. Hoje já não há mais supersalário. Quem tem salário de R$ 30 mil só vai receber R$ 5 mil de aposentadoria. Há um teto hoje e, se a pessoa quiser receber diferente disso, vai ter que pagar o fundo", comentou.

Medeiros Neto contou que a Aojesp tem buscado pressionar os congressistas por meio de um informativo, impresso propositadamente em um cartão de cor amarela. "Chamamos de 'mandato da cidadania': todos os deputados federais o estão recebendo. Ele é na cor amarela, porque está advertindo: 'Se votar na reforma da Previdência, na próxima eleição o cartão é vermelho'."



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Reforma da Previdência

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