18 DE MARÇO DE 2014
Durante a palestra também foi falado sobre as forma de prevenção da doença e da campanha de vacinação.
Semana da Mulher - Palestra alerta para os riscos do HPV
A enfermeira Ermelinda de Fátima Vincentin Esteves, especialista em Saúde Pública e responsável técnica do Programa de Tuberculose e Hanseníase do Centro de Doenças Infectocontagiosas (Cedic), ministrou na tarde desta terça-feira, 18, palestra sobre o HPV. A palestra fez parte da Semana da Mulher Trabalhadora Construindo uma Sociedade Solidária promovida pelo vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT).
A palestrante informou que o HPV é uma doença sexualmente transmissível que engloba cerca de 100 vírus diferentes, é uma infecção comum, que atinge homens e mulheres e pode ter consequências sérias.
Para ocorrer o contágio, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas, porém quando as verrugas são visíveis, o risco de transmissão é muito maior. O uso da camisinha durante a relação sexual geralmente impede a transmissão do HPV, que também pode ser transmitido para o bebê durante o parto.
Ela explicou que no homem as verrugas aparecem na cabeça do pênis (glade) e na região do ânus, já na mulher surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões do HPV também podem aparecer na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas.
Ermelinda explicou , que as lesões podem causar câncer, principalmente, no colo do útero e no ânus e a melhor forma de prevenção é realizando o Papanicolau, exame que pode detectar alterações precoces no colo do útero.
Durante a palestra, a enfermeira alertou que ao perceber qualquer sinal ou sintoma do HPV, deve-se procurar imediatamente um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado para o HPV.
“O uso de preservativo ajuda, mas não protege 100% contra o HPV, por se tratar de um vírus pode estar áreas que não estão cobertas pela camisinha. Qualquer tipo de atividade sexual pode transmitir o HPV, não apenas a penetração”, comentou.
A vacina contra HPV que será distribuída no SUS é a quadrivalente, que previne contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18). Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero, responsável atualmente por 95% dos casos de câncer no País.
Ela funciona estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo.
“É fundamental deixar claro que a adoção da vacina contra o HPV não substituirá a realização regular do exame de citologia, Papanicolau”, disse Ermelinda de Fátima Vincentin Esteves, especialista em Saúde Pública
Após a palestra foi realizada um mesa redonda com a palestrante, o doutor Moisés Taglieta, coordenador do Cedic, Ana Carolina da Santa Casa e Fernanda Rosa, do Hospital dos Fornecedores de Cana, também fizeram parte da mesa o vereador Paiva e Angela Savian do Sindicato dos Bancários.
Durante a mesa redonda, o presentes puderam tirar dúvidas sobre o HPV, vacina, realização de exames preventivo como o Papanicolau, entre outros assuntos relacionados ao tema.