23 DE JUNHO DE 2015
Vereadores que integram a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara apresentaram moção de repúdio nesta segunda-feira
Parlamentares classificaram a atitude como deplorável
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Câmara repudia o cartaz afixado no Centro de Vivência da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). “É incompatível com a formação ética que a universidade deveria estimular”, informam os vereadores Paulo Camolesi (PV), que preside a comissão, a relatora Madalena (PSDB) e o membro Capitão Gomes (PP).
A questão veio à tona na semana passada e o material trazia uma espécie de ranking da vida sexual de alunas. Agora, a moção de repúdio 121/2015, aprovada com urgência na reunião ordinária desta segunda-feira, 22, classifica o gesto como uma exposição grosseira e desumana a dezenas de jovens, com ataques às suas vidas privadas.
Para os vereadores, a Esalq é conhecida por formar os mais bem conceituados agrônomos da América Latina. Eles definiram a ação como "afronta aos direitos humanos" e citaram a nota de repúdio da Presidência da República, por meio da Secretaria de Políticas para as Mulheres, que classificou o cartaz como injurioso e racista, uma atitude que reforça o preconceito e a discriminação contra as mulheres no País.
Na definição dos parlamentares piracicabanos, a atitude é deplorável e demonstra, por parte de alguns estudantes, “vocação machista, racista e homofóbica, com as quais a sociedade piracicabana, através desta Casa de Leis, vem a repudiar”, destacam Camolesi, Capitão Gomes e Madalena, que expressam solidariedade às vítimas.
A moção não é endereçada a uma pessoa específica, mas extensiva a todos os que direta ou indiretamente participaram da confecção do cartaz. Além disso, cópias do texto serão enviadas a Luiz Gustavo Nussio, diretor da Esalq, e à Giuliana do Vale Milani, presidente do Centro Acadêmico Luiz de Queiroz. A comissão diz que a expectativa é que os envolvidos sejam punidos no âmbito acadêmico, civil e criminal.