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21 DE AGOSTO DE 2006

Sindicalista faz leitura de manifesto dos Jornalistas


A diretora de Base do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo - Regional Piracicaba, Adriana Pássari ocupou a Tribuna Popular da Câmara, na r (...)



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução


A diretora de Base do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo - Regional Piracicaba, Adriana Pássari ocupou a Tribuna Popular da Câmara, na reunião ordinária desta segunda-feira, dia 21 de agosto de 2006, às 19h30 para destacar o teor de manifesto que reflete a preocupação dos jornalistas contra a escalada da violência no Brasil.

Manifesto:

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, Regional - Piracicaba, vem a público declarar solidariedade e repúdio aos atos de violência que submeteram colegas de profissão, veículos de comunicação e toda a sociedade aos desmandos de uma facção criminosa que tem dominado as atenções nos noticiários, não só no Estado de São Paulo, mas também nos principais veículos de comunicação do mundo.

A preservação da vida do repórter Guilherme Portanova da Rede Globo de Televisão foi uma recompensa importante para a conclusão do seqüestro ocorrido em 12 de agosto, porém o precedente aberto pelo caso não pode ser ignorado por nós profissionais da comunicação e tampouco pelas autoridades responsáveis pela segurança pública.

Os ataques desta ação criminosa, até então atingindo apenas alguns setores, mas afetando diretamente o nosso dia-a-dia, inclusive em Piracicaba, com ônibus incendiados, atentados contra bancos, distrito policial e postos de Guarda Civil Municipal, agora, passaram a expor a imprensa, legítimo instrumento de defesa dos interesses da nossa sociedade.

Não pretendemos ou ousamos nos posicionar como intocáveis, mas a partir do momento que um profissional da imprensa passa a ser vítima desta ação criminosa, temos a plena convicção de que outros colegas poderão sofrer o mesmo problema e, com isso, a sociedade estará ainda mais fragilizada. No entanto, não podemos nos curvar diante de tanta ousadia.

O nosso papel perante a sociedade sempre foi levar o conhecimento da verdade através de palavras, sejam elas escritas, faladas ou televisionadas, e é através delas que vamos empenhar a nossa luta, não esmorecendo diante de dificuldades.

Na última sessão plenária, ocorrida na sede do Sindicato dos Jornalistas, em São Paulo, com a participação de dezenas de colegas, ficou determinado que a nossa entidade enviaria aos governos Estadual e Federal, além das autoridades competentes do Ministério da Justiça e Secretaria de Segurança Pública, uma solicitação de empenho na elucidação imediata do caso para inibir a ocorrência de práticas similares.

Sabemos que este ato simbólico é pequeno perante a gravidade dos fatos que nos cercam, mas ele se torna grande se for multiplicado pela influência que nós formadores de opinião proporcionamos em cada dia através das notícias e reportagens que divulgamos.

Queremos a justiça e trabalhamos em prol de uma sociedade sem violência. Queremos segurança, para continuar a exercer o jornalismo com isenção e dignidade. Enquanto a liberdade de imprensa estiver sob a mira de malfeitores, a sociedade como um todo, se torna refém da marginalidade.

Queremos comprometimento de nossos governantes em promover políticas eficazes de segurança e queremos parceria com nossos empregadores para que, juntos, encontremos a melhor maneira de assegurar a tranqüilidade no desempenho de nossas atividades, afinal é função primordial dos veículos de comunicação ser o porta-voz da população, concluiu a sindicalista.

Martim Vieira MTb 21.939
Foto: Fabrice Desmonts MTb 22.946


Texto:  Martim Vieira - MTB 21.939


Legislativo Gustavo Herrmann

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