23 DE ABRIL DE 2024
Moção de repúdio aos atos dos policiais foi rejeitada pela maioria
Vereadora Rai de Almeida salientou que atos semelhantes não podem voltar a ocorrer
A abordagem policial a moradores do bairro Cantagalo, no início do mês, que ganhou os noticiários, gerou debate entre os vereadores, durante a 22ª Reunião Ordinária, nesta segunda-feira (22). A moção nº 57/2024, de autoria da vereadora Rai de Almeida (PT), de repúdio aos atos violentos, foi rejeitada pelo Plenário, com placar de quatro votos favoráveis e oito contrários.
Ao discutir a moção, a autora esclareceu que não se trata de repúdio à corporação da Polícia Militar, mas aos atos violentos praticados pelos policiais que participaram da ocorrência, que contou inclusive com a agressão a uma pessoa cadeirante. Ela citou detalhes do caso e a necessidade de um posicionamento para que situações semelhantes não voltem a ocorrer.
O vereador Fabrício Polezi (PL) também discutiu a propositura e argumentou com a exibição do vídeo de um outro caso, em que um policial é alvejado por tiros. Falou dos riscos da profissão, que os policiais estão sob constante estresse e que os cidadãos devem cooperar com os comandos dos policiais nos casos de abordagens.
O vereador Josef Borges (PP), ao justificar voto, declarou que o ato é inadmissível, mas que repudiar é muito forte, tendo em vista que os policiais já foram afastados e sofrerão as penalidades cabíveis. A vereadora Sílvia Morales (PV), do Mandato Coletivo A Cidade é Sua, que também assina a moção, destacou que “o pobre, preto e periférico sempre é mais atingido nesses casos”. Já o vereador Zezinho Pereira (União Brasil) colocou que a moção seria uma tentativa de advertência aos erros cometidos.
Confira, no vídeo, a discussão da moção.