Vereador em Piracicaba por cinco mandatos, Capitão Gomes terá seu nome vinculado à sala de reuniões do gabinete da Presidência da Câmara. A homenagem à memória de Carlos Gomes da Silva, que morreu em 24 de fevereiro de 2024, aos 80 anos, foi aprovada nesta segunda-feira (13), durante a 28ª Reunião Ordinária.

A proposta de denominar a sala de reuniões de "Carlos Gomes da Silva – Capitão Gomes" partiu da Mesa Diretora da Câmara, autora do projeto de resolução 3/2024, assinado pelo presidente, Wagner de Oliveira, o Wagnão (PSD), pela primeira secretária, Alessandra Bellucci (Avante), e pelo segundo secretário, Zezinho Pereira (União Brasil).

"Capitão Gomes sustentou, até o fim de sua trajetória, a imagem do cidadão de bem, íntegro, de nobres valores, que alicerçou sua vida na carreira militar com diferenciado empenho. Além disso, foi vereador nesta cidade por cinco mandatos, sempre se dedicando arduamente em prol das mais relevantes causas sociais e que resultaram no crescimento da cidade de Piracicaba", destaca o projeto de resolução.

"Reconhecido regionalmente como alguém que realmente estava a serviço do povo, Capitão Gomes certamente merece ser homenageado, de modo a perenizar seu nome por seus valorosos feitos que até hoje se mostram essenciais para a sociedade", completa o texto da propositura, aprovada em discussão única.

Filho de Antonio Gomes da Silva e Carmelina Maria da Silva, Carlos Gomes da Silva nasceu em Lorena (SP), em 27 de abril de 1943, e mudou-se para Piracicaba em 1971. Pertenceu ao Exército Brasileiro de 1962 a 1995, com passagens por Lorena em 1962, Três Corações (MG) em 1963, São Leopoldo (RS) em 1964, Presidente Prudente (SP) em 1966, Piracicaba em 1971, Campinas (SP) em 1981, Ribeirão Preto (SP) em 1986 e Piracicaba em 1989.

Era formado em administração de empresas, com especialização em teoria superior de finanças, ambos pela Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba). Ingressou na política em 1995, pelo PPB, nome anterior do atual PP. Disputou as eleições para vereador em 1996 (eleito), 2000 (suplente), 2004 (eleito), 2008 (eleito), 2012 (eleito) e 2016 (eleito), para deputado estadual em 2002 e para deputado federal em 2010.

Ocupou a primeira secretaria da Mesa Diretora de 1999 a 2000, a primeira secretaria de 2009 a 2010 e integrou Comissões da Câmara ao longo de seus mandatos, entre as quais a de Finanças e Orçamento, a de Educação e a de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Capitão Gomes não havia disputado a última eleição para vereador, em 2020.

"Era um vereador que tinha na mente o Regimento desta Casa. Aprendi muito com ele. É um homem digno de uma homenagem como esta", disse Wagnão, ao justificar voto, na tribuna.

"Daquele jeito bravo, sério, deixou saudades. Ele foi embora, mas continua na nossa memória. Um vereador combatente, que trabalhou muito por Piracicaba", comentou Zezinho Pereira.

"Sempre admirei o Capitão Gomes por sua seriedade e postura nesta Casa de Leis. Merece estar na lembrança eterna desta Casa", afirmou Ary Pedroso Jr. (PL).

"Foi um político nato, uma liderança na cidade. Foi transparente e firme nas atitudes e decisões. Esta Casa deve muito a ele, graças à sua postura", acrescentou Pedro Kawai (PSDB).

Capitão Gomes agia como vereador "sempre com muita firmeza, posicionamento e educação. Que bom trazer e perpetuar a história de quem passou por aqui", disse Silvia Morales (PV), do mandato coletivo A Cidade é Sua.

"Foi um vereador culto e que defendia a sociedade, a democracia e o auxílio a quem mais precisava. Deixa uma história de sucesso e de exemplos. Será lembrado com essa denominação por nós e por aqueles que aqui estarão", completou Josef Borges (PP).