11 DE DEZEMBRO DE 2017
Evento faz parte dos "16 Dias de Ativismo", iniciativa da vereadora Nancy Thame
Mesa redonda aconteceu na tarde desta quinta-feira (7)
No segundo encontro dos "16 Dias de Ativismo", mediado pela vereadora Nancy Thame (PSDB), na Câmara de Vereadores de Piracicaba, a Coordenadora do Nudem - Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública do Estado de São Paulo e o Psicólogo Eugenio Benedictus Cassaro Filho, abordaram em duas palestras de 40 minutos cada a “Educação de Gênero: discutindo a masculinidade”, e a mesa redonda composta por mais cinco instituições debateram Direitos Humanos.
O evento "Dezesseis Dias de Ativismo” é uma mobilização anual da ONU (Organização das Nações Unidas) que chegou ao Brasil em 2003 e luta pelo fim da violência contra as mulheres.
Com início em 25 de novembro, Dia Internacional da Não-Violência Contra Mulher", e encerramento em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, a campanha no país também desenvolve atividades no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, para destacar a dupla discriminação vivenciada pelas mulheres negras.
Por iniciativa da vereadora Nancy, a primeira palestra da campanha ocorreu na última quinta-feira (23) com o tema "Gênero, etnia e diversidade: o mapa da violência", discutido pela psicóloga Karina Sabedot. "Acho importante trazer datas de destaque para o ambiente da Câmara", afirmou a parlamentar. "Queremos trazer diversas vozes para contribuir dentro do conhecimento comum", completou.
Na última quinta-feira (7), em alusão ao Dia Internacional dos Direitos Humanos que é 10 de dezembro, recebeu a Defensora Pública, Ana Rita Souza Prata, que discorreu sobre “Educação de gênero: discutindo a masculinidade".
Ela elencou estereótipos e a necessidade de quebrar os padrões machistas impostos pela sociedade. "Quando falamos de gênero, analisamos o sexo e o assunto vai muito além disso. É importante ampliar os debates sobre o tema", argumentou.
O psicólogo Eugenio Benedictus Cassaro Filho, complementou a fala anterior com a palestra “Educação de Gênero: masculinidade em questão”. Ele falou sobre a violência contra as mulheres, combate da agressividade e atendimento psicológico às vítimas e ao agressor, pontuou indicadores num trabalho desenvolvido com homens agressores encaminhados pela Justiça por infringirem a Lei Maria da Penha.
"É necessário promover a conscientização da lei, responsabilização, reeducação e reflexão nesses casos. O opressor sempre tem um histórico", apontou.
Assim como Ana Rita, Eugenio ressaltou a imposição de padrões sociais. "O machismo é uma máquina de esconder homens. Não é por ser homem que não se pode expor sentimentos, se sentir vulnerável é criar conexão, com o outro e com a sociedade", diz.
A vereadora Coronel Adriana (PPS) destacou a importância de abordagem correta do tema. "Às vezes, uma discussão tão importante quanto essa, acaba deixando de ser abordada em razão de excessos. É um tema delicado", afirmou.
A mesa redonda composta por Adney Araújo de Abreu, presidente do Conepir; vereadora Coronel Adriana (PPS); Ana Luísa Botezeli, assistente social e orientadora de medida do Serviço de Apoio ao Adolescente com Medida Socioeducativa; Francisco Cerignoni, coordenador do Conselho Municipal de Proteção, Direitos e Desenvolvimento da Pessoa com Deficiência de Piracicaba; Josué Adam Lazier, coordenador do Centro de Capacitação Profissional e Corporativa da Universidade Metodista de Piracicaba; Laura Queiroz, presidente do Conselho Municipal da Mulher; e Luciano Alves de Lima, presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB de Piracicaba, debateu os Direitos Humanos.