Os 60 anos de vida religiosa de madre Celina, a serem celebrados em 9 de janeiro de 2011, serão lembrados pela Câmara com a moção de aplausos 162/2010, de autoria da vereadora Márcia Pacheco (PSDB) e aprovada durante sessão ordinária na noite desta segunda-feira (13). A homenageada, que emitiu voto religioso em 1951, é desde 1979 abadessa (superiora) do Mosteiro da Imaculada Conceição, na Vila Rezende. Ela assumiu a função após a morte da madre Maria Helena do Espírito Santo.

Madre Celina nasceu em São Paulo, em 13 de fevereiro de 1926, com o nome de Maria da Conceição de Souza. Dos 10 filhos da família Souza, Celina e uma irmã, que se tornou freira da Congregação Salesiana, partiram para a vida religiosa. A futura madre ingressaria no Mosteiro da Luz, em São Paulo, em 1949, com apenas 23 anos. A certeza da opção permanece até hoje. "Nunca me arrependi da escolha que fiz", diz a religiosa, atualmente com 84 anos e caminhando com a ajuda de um andador ortopédico.

Celina fez parte do grupo das cinco irmãs pioneiras que, atendendo ao apelo de dom Ernesto de Paula, vieram do Mosteiro da Luz para fundar o Mosteiro de Piracicaba em 15 de agosto de 1956. As outras quatro religiosas que compunham a equipe naquela ocasião foram as madres Maria Helena do Espírito Santo e Oliva de Jesus e as irmãs Maria Cecília do Menino Jesus e Maria Antonia de Santana Galvão.

Já em Piracicaba, Celina foi vigária e mestra de noviças e lutou ao lado da madre Maria Helena para que o mosteiro fosse erguido em terreno próprio, o que ocorreria na administração do prefeito Francisco Salgot Castillon (1960-1962), que cedeu o terreno da Avenida Armando Cesari Dedini para a construção do Mosteiro da Imaculada Conceição.

Além de dedicar sua vida à oração, à comunidade e à confecção de trabalhos domésticos e manuais, madre Celina realiza várias obras de caridade na cidade, como a distribuição de cestas no Natal. E, em parceria com os missionários xaverianos e com a colaboração de voluntários, lutou por melhorias para o bairro Novo Horizonte e pela construção da escolinha Menino Jesus e do Centro Comunitário Santa Beatriz.

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918