
26 DE FEVEREIRO DE 2016
Casa que abriga 30 idosos, de Piracicaba, passa por dificuldades financeiras. Parlamentar vai propor projeto de lei que transforme o local em utilidade pública
João Manoel foi recebido pelos idosos
Solidariedade. O vereador João Manoel dos Santos (PTB) conheceu, nesta manhã (26), a casa de amparo aos idosos “Cantinho da Vovó Sônia”, localizada na rua Urbano Gobeth, Jardim Planalto, num espaço de 2700 metros quadrados.
O parlamentar foi recebido pela diretora Rosângela Bicudo e pelo colaborador Bruno Campos. Rosângela relatou ao vereador as dificuldades que a instituição enfrenta principalmente quanto ao pagamento da conta de água. “Nós temos uma dívida no Semae na ordem de R$ 18 mil reais. Esse mês veio R$ 3 mil de água”, explicou.
O local conta com 30 idosos, “todos de Piracicaba”, diz Rosângela. Bruno Campos ajuda no espaço. Segundo ele, o lar está com duas pessoas que as famílias abandonaram “de vez”. “Fazemos sempre reuniões com os familiares, principalmente aos sábados. Temos casos em que os parentes não aparecem mais aqui”, destacou.
João Manoel conversou com a dona “Ana”, de 78 anos, que estava deitada quando o vereador entrou em seu quarto. Ela teve AVC (Acidente Vascular Cerebral) e necessita de apoio especializado.
“Seo” José Cuevas foi internado pelo filho após sofrer uma queda quando morava em uma casa nas proximidades da Estação da Paulista. “Eu só fui acordar no pronto-socorro após ter desmaiado”, relembra, lúcido, o aposentado de 81 anos. Por conta do tombo, Cuevas passou a ter dificuldades para se locomover.
A unidade conta com nutricionista e fisioterapeuta. Quando o vereador entrou no quintal, os idosos estavam fazendo alongamento.
UTILIDADE PÚBLICA – João Manoel comprometeu-se com a direção da clínica “Cantinho da vovó Sônia” em apresentar um projeto de lei na Câmara que torne o espaço como utilidade pública, “o que possibilitará, por exemplo, que os valores da conta de água possam ser abatidos”, afirmou o parlamentar. Diversas entidades assistenciais de Piracicaba são classificadas como de utilidade pública e recebem verba da Prefeitura, ou tem os valores dos impostos - como água e IPTU - abatidos.
Rosângela Bicudo explicou ainda que o lar sobrevive de doações e de pequenas contribuições de familiares dos idosos. “O aluguel está atrasado, mas contamos sempre com a boa vontade do proprietário do imóvel que entende a situação. Atrasamos, mas pagamos. O selo de utilidade pública será importante para diminuirmos as despesas”, concluiu.