O vereador Zezinho Pereira (União Brasil) se defendeu de um pedido para destituição do seu cargo de 2º-secretário da Mesa Diretora, apresentado pelo vereador Fabrício Polezi (sem partido), e rejeitado por 14 votos durante a 2ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Piracicaba, nesta segunda-feira (5). 

“Eu vou conversar com quem quiser conversar comigo, com qualquer pessoa que tenha uma boa proposta para a nossa cidade, seja ela quem quer que seja”, disse Zezinho, ao ocupar a tribuna da Casa na mesma sessão, conforme o artigo 44, destinado a lideranças partidárias. 

Zezinho destacou o trabalho da Procuradoria Legislativa que deu parecer favorável ao ofício, que foi protocolado em 19 de janeiro deste ano. “O Jurídico desta Câmara viu a forma como se deu o requerimento e não pela retirada deste vereador”, analisou, ao agradecer a maioria do Plenário. “A grande totalidade (de quem está aqui) é de pessoas preparadas e inteligentes”, acrescentou. 

O vereador também minimizou o fato de ter conversado com um cidadão que tem medidas de restrições por ter atentado contra vereadores. “Ele é do meu partido, do União Brasil, e faz um trabalho de combate à corrupção, por isso eu pergunto quem é que tem medo do Walter Koch, por que eu não tenho”, disse. 

“E vale ressaltar que em nenhum momento eu chamei ele para perto da Câmara ou para perto da vereadora Alessandra Bellucci (Republicanos), com quem ele tem restrições judiciais”, destacou o parlamentar.

Autor do pedido de destituição de Zezinho Pereira, o vereador Fabrício Polezi defendeu a legitimidade do pedido pelo fato de já haver uma decisão sobre a restrição se aproximar da Câmara e da vereadora Alessandra, “que teve sua casa praticamente vigiada”, acrescentou. 

“Eu usei o Regimento Interno que diz o que posso fazer ou não. O cara é condenado em várias instâncias”, destacou. “Eu não burlei lei nenhuma. Se eu não puder ter essa opinião, então, me manda eu ir embora (da Câmara) e cancela meu mandato”, concluiu o parlamentar.

O vereador Cassio Luiz Barbosa (PL), o Cassio Fala Pira, criticou o que chamou de ‘caça às bruxas’. “Zé, eu sei o que sofri nesta Casa, mesmo nunca eu ter pego um centavo de dinheiro público, apareci na primeira página do jornal, fiquei dois dias de cama, mas nunca tirei nada de ninguém, estou pagando por algo que nunca fiz”, disse. Ele enfatizou que “quem bate contra o sistema”, sempre “acaba ameaçado a perder cargos e até a própria vida”, destacou.