
19 DE MARÇO DE 2019
Luciana Ballestero Bettiol Borges ocupou a tribuna da Câmara para discorrer sobre o Dia Internacional da Síndrome de Down, na temática - "Ninguém fica pra trás"
Representante do Espaço Pipa destaca o Dia Internacional da Down
Luciana Ballestero Bettiol Borges, em nome do Espaço Pipa - Associação Síndrome de Down de Piracicaba e do Movimento Down, por ocasião do Dia Internacional da Síndrome de Down, que anualmente é celebrado no dia 21 de março, ocupou a tribuna popular da Câmara de Vereadores de Piracicaba, na 12ª reunião ordinária de ontem (18) para divulgar a importância da data, com a temática - "Ninguém fica pra trás".
O apelo é que todos reflitam sobre a maneira como olhamos para estas pessoas, tratando estas questões em todos os ângulos, inclusive no Legislativo. "Este ano o tema escolhido é não deixe ninguém para trás". Este tema foi escolhido para combater o capacitismo, que é uma forma de discriminação e preconceito social contra pessoas com algum tipo de deficiência. Sem perceber, nós vivemos numa cultura de capacitismo, onde a ausência de deficiência é tido como normal. Neste princípio, pessoas com alguma deficiência são vistas como excessões.
Quando não nos dirigimos ao deficiente, isto mostra o sinal do capacitismo, que está enraizado na nossa cultura. Este dia é para refletirmos sobre isso. Quanto antes trabalharmos isso, vai melhorar a condição do nosso crescimento. É preciso olharmos para quem tem a SD como forma de ver que eles são capazes.
Ninguém conhece o potencial do outro se não houver o desafio. Todos temos a aprender e ensinar. Não faça um favor, simplesmente conviva. As empresas não dão preferências a estas pessoas, dão emprego e não trabalho. A lei da inclusão garante o ensino para todos. Há que se ter auxílio nas salas de aulas. A lei brasileira da inclusão garante muitos direitos.
Quando falamos do Espaço Pipa falamos de uma das primeiras associações do gênero no Brasil. Luciana citou a lei 13.685/2018, que garante que todos os hospitais registrem estas pessoas. "O médico recebe o bebê e avalia o seu quadro clínico. Há um trabalho para derrubar o mito negativo sobre a SD.
Há que se aplicar e cumprir a lei, na garantia de direito para todos. É trabalho grande a se fazer pois nem sempre isso é verificado. Estima-se um caso a cada 800 nascimentos.
Luciana também reforçou o convite para todos, especialmente os médicos, na quinta-feira (21), para uma mesa redonda sobre a saúde, às 18h30, na sede da Associação Paulista de Medicina, na avenida Centenário.
Luciana encerrou suas explanações exibindo um vídeo para mostrar que no planeta terra, com oito bilhões de pessoas cada um tem a sua individualidade própria. "Incluir é dar a todos uma chance. No Dia Internacional da Síndrome de Down, não deixe ninguém para trás", disse.
O vice-presidente da Câmara, Pedro Kawai (PSDB) parabenizou as explanações da representante do Espaço Pipa e, citou os nomes de Carol e Leo, pessoas amigas que integram e entidade.
O vereador Wagner Alexandre de Oliveira, o Wagnão (PHS) solicitou Pela Ordem, para garantir o tempo de exibição do vídeo sobre a Síndrome de Down.