PIRACICABA, SEXTA-FEIRA, 25 DE ABRIL DE 2025
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25 DE ABRIL DE 2025

Orador traz histórico do complexo Beira Rio e defende atual traçado urbanístico


Paulo José Keffer Franco Netto, o Pazé, representante do Movimento “Salve a Boyes”, defendeu que área "não comporta projetos arranha-céus e a verticalização desenfreada"



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Guilherme Leite - MTB 21.401 (1 de 2) Salvar imagem em alta resolução

Paulo José Keffer Franco Netto, o Pazé, representante do Movimento “Salve a Boyes”

Paulo José Keffer Franco Netto, o Pazé, representante do Movimento “Salve a Boyes”
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Paulo José Keffer Franco Netto, o Pazé, representante do Movimento “Salve a Boyes”

Paulo José Keffer Franco Netto, o Pazé, representante do Movimento “Salve a Boyes”
Foto: Guilherme Leite - MTB 21.401 Salvar imagem em alta resolução

Paulo José Keffer Franco Netto, o Pazé, representante do Movimento “Salve a Boyes”






O artista visual e engenheiro agrônomo Paulo José Keffer Franco Netto, o Pazé, representante do Movimento “Salve a Boyes”, fez um retrospecto histórico das mudanças no entorno do chamado complexo Beira Rio, na região da Rua do Porto, "através de esforços públicos e da iniciativa privada para a consolidação desta importante área estratégica e de grande relevância para a cidade”.

Pazé trouxe um mapa numerado apresentando o histórico de diversos pontos que, juntos, formam hoje o complexo, a exemplo de parte da área nos arredores do atual Museu da Água, que compreendeu “o primeiro passeio público de Piracicaba, datado de 1878, quando André Sachs requereu à Câmara Municipal o afloramento de umas ilhas logo abaixo da ponte sobre o rio Piracicaba, a fim de proporcionar mais um agradável passeio ao público desta cidade. A família Sachs era proprietária de uma cervejaria na beira do rio. Surge assim o que se denominou Parque Sachs, um dos locais mais apreciados pelos habitantes da cidade no final do século XIX e começo do século XX, onde era possível acessar uma das ilhas conhecida como Ilha dos Namorados”. 

Ele também apresentou as diversas movimentações ocorridas ao longo da história em locais, por exemplo, que hoje abrigam o Hotel Beira Rio, a Biblioteca Municipal, a chamada Praça da Boyes e o Parque do Mirante, cuja primeira informação “foi registrada no diário da Princesa Isabel, em 1884, o qual se refere a uma visita ao quiosque no Salto, pertencente ao Barão de Rezende, inicialmente de uso privado, e era por ele permitido o uso público”.

“Em 1890”, segue Pazé, “sua área foi desapropriada pela Câmara Municipal. Em 1970, ocorre grande cheia do rio, com inundação da Rua do Porto e adjacências. O fato engendrou a ideia da recuperação ambiental e do acesso às margens do Piracicaba, com uma série de reflexões e ações com intuito de produzir um espaço qualificado para uso da população piracicabana”.

O orador, na sequência, falou sobre as diversas ações empreendidas por diversas gestões municipais, desde 1973, a fim de incorporar o complexo da Rua do Porto ao patrimônio público, e concluiu: “o que acabo de apresentar é um resumo de quase 150 anos de esforços da iniciativa privada e de seguidas administrações públicas, de diferentes partidos políticos, com muito esforço, muito planejamento e muito dinheiro público na consolidação de uma orla única de grande importância para a vida da cidade. Esta área não comporta projetos de construção de arranha-céus e a verticalização desenfreada, que comprometerão para sempre a beleza desta paisagem natural e construída”, concluiu.

O discurso completo de Paulo José Keffer Franco Netto pode ser revisto no vídeo acima. 



Texto:  Fabio de Lima Alvarez - MTB 88.212


Tribuna Popular

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