
27 DE JUNHO DE 2025
De acordo com a oradora Nilcelene de Toledo, o AA existe em Piracicaba há 57 anos
Oradora Nilcelene de Toledo
Durante 37ª reunirão ordinária da Câmara, realizada nesta segunda-feira (26), a oradora Nilcelene de Toledo usou a tribuna popular "Ditinha Penezzi" para falar sobre a história do Alcoólicos Anônimos (AA) e o funcionamento do grupo, destacando a importância do acolhimento e da divulgação do trabalho.
Nilcelene explicou que o AA é "uma irmandade de homens e mulheres que compartilham entre si suas experiências, força e esperança", com o objetivo de superar o alcoolismo e ajudar outras pessoas a alcançarem a sobriedade. “O único requisito para ser membro é o desejo de parar de beber”, afirmou. Ela ressaltou que não há taxas nem vínculo com instituições políticas ou religiosas.
A oradora compartilhou que o AA está completando 90 anos no mundo, tendo sido fundado por Bill Wilson e Dr. Bob em 1935. Em Piracicaba, o grupo chegou em 1968, há 57 anos. Nilcelene relatou sua experiência pessoal com o alcoolismo, que teve início após uma cirurgia bariátrica e culminou em internações e perda da sua empresa. “Cheguei a morar na rua, abandonei minha empresa. Foi uma doença terrível, mas tive o privilégio de ter a rede de apoio do AA”, disse.
Ela destacou o grupo “Colchas de Retalhos”, voltado ao acolhimento de mulheres, com reuniões online e apoio de diversos profissionais. Segundo Nilcelene, o alcoolismo afeta a mulher de forma diferente: “A mulher suporta menos doses e o alcoolismo se agrava em menos tempo”. Ela alertou sobre os impactos do vício, como isolamento social, desemprego, deterioração de relações familiares e saúde mental fragilizada. “A mulher que bebe muitas vezes sofre em silêncio e não busca ajuda”, disse.
Nilcelene concluiu sua fala, pedindo que espaços públicos permitam a fixação de cartazes do AA. “É importante que essa informação esteja acessível, nos CAPS, nas unidades de saúde, na própria Câmara”, disse.