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04 DE AGOSTO DE 2020

Paulo Henrique cobra Prefeitura para tirar Piracicaba da fase vermelha


"Estamos há um mês no vermelho e ninguém faz alguma coisa. Se a Prefeitura não tomar uma posição, a situação vai piorar", disse o vereador.



EM PIRACICABA (SP)  

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Paulo Henrique comentou a situação durante reunião extraordinária na noite desta segunda-feira






A situação de Piracicaba —que desde 29 de junho está na fase vermelha do Plano São Paulo, de reabertura gradual da economia— motivou o vereador Paulo Henrique Paranhos Ribeiro (REP) a cobrar um posicionamento da Prefeitura para que a cidade avance na classificação adotada pelo governo paulista.

O atual estágio é o mais restritivo dos cinco adotados na metodologia usada pela gestão João Doria (PSDB) e permite apenas o funcionamento de comércios e serviços essenciais. Em dois meses de vigência do Plano São Paulo, Piracicaba está indo para sua sexta semana na fase vermelha.

Mesmo quando nesse período, por uma semana (de 13 a 19 de julho), a região do DRS-10 (Departamento Regional de Saúde), da qual a cidade faz parte junto com outros 26 municípios, avançou para a classificação laranja, a Prefeitura manteve o grau máximo de restrições em Piracicaba.

Paulo Henrique comparou a situação local com a da cidade de São Paulo, que "foi o epicentro do coronavírus no Brasil" e hoje está na fase amarela, a terceira do plano. "Em Piracicaba, estamos há um mês no vermelho e ninguém faz alguma coisa. Se a Prefeitura não tomar uma posição, a situação vai piorar. Vamos colocar a mão na consciência", pediu o vereador, em fala durante a 25ª reunião extraordinária, nesta segunda-feira (3).

"Estamos já há quase cinco meses enfrentando essa quarentena. Todos os vereadores temos sido cobrados pela população sobre quando sairemos da fase vermelha. Todo mundo está ansioso e preocupado, há empresas que fecharam. As pessoas estão passando necessidade, tem gente que está sem trabalhar há quatro meses", completou.

O Plano São Paulo já teve nove balanços publicados. O primeiro documento, lançado em 3 de junho, colocou a região de Piracicaba na fase laranja, classificação que se manteve na segunda e na terceira atualizações, respectivamente nos dias 10 e 19 do mesmo mês.

A primeira vez em que Piracicaba esteve na fase vermelha ocorreu com a divulgação do quarto balanço, em 26 de junho, e foi mantida na atualização seguinte, em 3 de julho. Após voltar à fase laranja no sexto balanço, em 10 de julho (quando, diferentemente da região, a cidade optou por seguir na vermelha), a região de Piracicaba regrediu à vermelha na sétima atualização, no dia 17, seguindo nessa classificação nas duas avaliações seguintes, divulgadas pelo governo paulista em 24 e 31 de julho.

Como as restrições impostas por cada nível de classificação do Plano São Paulo passam a valer aos municípios integrantes das 15 regiões analisadas na segunda-feira seguinte à divulgação das atualizações pelo governo paulista, Piracicaba está na fase vermelha desde 29 de junho, após o quarto balanço, no dia 26, ter apontado a regressão.

Paulo Henrique propôs "unir forças" pois "do jeito que está não dá para continuar mais". "Fomos eleitos para tomar uma posição. Ficar mais 15, 30 dias no vermelho, as pessoas não vão aguentar mais", disse o vereador, que fez menção à atuação de Pedro Mello à frente da Secretaria Municipal de Saúde. "O secretário está funcionando? Não está funcionando? Troca. Porque a gente tem que ter uma resposta", afirmou.

O presidente da Câmara, Gilmar Rotta (CID), comunicou os vereadores de que o secretário estará na Casa, nesta terça-feira (4), para prestar esclarecimentos sobre as ações do município na crise. Paulo Henrique declarou que irá levar o assunto a Pedro Mello, mas disse que "não quer ouvir explicação técnica" e, sim, respostas sobre o que pode ser feito para Piracicaba avançar na classificação do Plano São Paulo.

Laércio Trevisan Jr. (PL) comentou que "o que vem acontecendo está insustentável para a maioria da população". Para ele, "houve um erro na questão dos leitos" e o "mínimo" que a Prefeitura poderia fazer era reativar a antiga unidade de pronto-atendimento da Vila Cristina para aumentar a capacidade hospitalar do município. O vereador também criticou o prefeito Barjas Negri (PSDB) por ter mantido o comércio fechado quando a cidade esteve na fase laranja, em julho.



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918
Imagens de TV:  TV Câmara


Legislativo Paulo Henrique

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