O estudante Gustavo Pompeo ocupou a tribuna popular da Câmara de Vereadores de Piracicaba, durante a 15ª reunião ordinária, na quinta-feira (28), para criticar a audiência pública convocada pela Ares-PCJ (Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí). “Não foi uma audiência pública, foi um ato de má-fé o que o poder público de Piracicaba faz.”

De acordo com o edital de convocação, publicado no Diário Oficial do Município no dia 22 de fevereiro, o evento que ocorreu no último dia 8 de março discutiu a revisão do contrato de PPP (Parceria Público-Privada) entre o Semae e a empresa Águas do Mirante. A permissionária do setor de esgoto da autarquia reclama de defasagem nos repasses financeiros que chegam em torno de R$ 31 milhões. 

“Eles não queriam tanto a população quanto ninguém (participasse da audiência pública)”, enfatizou Pompeo, que relatou que foi até a porta da audiência, mas foi barrado pelo presidente do Semae. “Ele disse que estava lotado e que não tinha mais lugar, porém o assessor do prefeito chegou e entrou”, disse. Segundo o orador popular, não havia possibilidade de acompanhar a audiência, mesmo que fosse, por telão, estando fora do auditório do Museu da Água. 

Gustavo também criticou que, pelo que apurou com as pessoas que participaram, o Semae não contestou a dívida apresentada pela Águas do Mirante. “Como tem dinheiro para pagar a Águas do Mirante? Em seis anos o Semae pagou o investimento que a empresa prometeu fazer em 30 anos”, disse.