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13 DE NOVEMBRO DE 2018

Munícipe reapresenta pedido de impeachment do prefeito Barjas Negri


José Edvaldo Brito citou irregularidades na Policlínica de Santa Teresinha



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução

Ele havia feito pedido em agosto deste ano, mas Departamento de Assuntos Jurídicos indeferiu






O representante comercial José Edvaldo Brito esteve na Câmara para informar que entregou, no Setor de Protocolo, novo pedido para que os vereadores analisem o impeachment do atual prefeito de Piracicaba, Barjas Negri (PSDB). O pronunciamento ocorreu nesta segunda-feira (12), na 68ª reunião ordinária, quando ele ocupou a tribuna popular.

Segundo Brito, o texto é o mesmo que ele anexou no Setor de Protocolo em 7 de agosto deste ano. Após análise, o Departamento de Assuntos Jurídicos rejeitou o pedido e determinou o arquivamento, acatado pela Mesa Diretora, já que a Lei Orgânica do Município prevê apenas que pedidos desta natureza sejam apresentados por presidente de partido político com representação na Casa.

"Naquele mesmo dia, o vereador Laércio Trevisan me convidou para fazer parte do partido dele e eu me filiei ao PR. Não só entrei no PR para o pedido de impeachment, mas com projeto de apoio e sustentação ao Trevisan naquilo que for possível, no combate à corrupção em Piracicaba", disse Brito.

Brito disse que as portas se fecham em Piracicaba para aqueles que combatem a corrupção e vão contra o prefeito. "O vereador José Aparecido Longatto (PSDB) fez algumas acusações sobre minha vida pessoal e particular. Quero deixar o CNPJ da empresa a qual sou sócio à disposição, CPF e RG para que busquem minha vida na Justiça, apesar de não ter nada a ver com isso, porque aqui o agente público não sou eu."

Segundo o representante comercial, o impeachment é solicitado em função da condenação a que Barjas sofreu. "Não acrescentei nada ao texto, apenas anexando a minha filiação partidária", informou.

O comerciante disse que a condenação de Barjas diz respeito a irregularidades na Policlínica de Santa Teresinha e que o processo se estende desde 2009. "Ele não foi condenado por um juiz ou desembargador. Está condenado em segunda instância por unanimidade dos desembargadores. Ele perdeu os direitos políticos. Se mantém na prefeitura através de um recurso e tenho certeza que a Justiça de Brasília, o Superior Tribunal de Justiça, irá manter a decisão dos desembargadores de São Paulo", disse.

Após o uso da tribuna, o vereador Paulo Campos (PSD) disse ser natural que um cidadão ocupe a tribuna da Câmara e que possa apresentar um pedido de impeachment, mas que o mesmo deve ser feito com fundamento. "Não dá para falar que a pessoa é Ficha Suja enquanto o processo está ainda em andamento e ainda há possibilidade de recurso."

O presidente Matheus Erler (PTB) disse que o pedido está em sua mesa e será apreciado. "Havendo fundamentação, darei encaminhamento e virá a plenário para apreciação. Nunca brinquei de ser presidente", declarou.

Para Laércio Trevisan Jr. (PR) não se trata de acusação, mas de fundamentação e condenação em segunda estância, com inexigibilidade por cinco anos. "É um pedido com fundamentação, o mesmo caso do presidente Lula, condenado em segunda instância e está preso. Quem está recorrendo é o condenado, o prefeito Barjas Negri", classificou.

Já José Aparecido Longatto (PSDB) disse que o período é propício para a denúncia e que não teme qualquer processo. "Daqui para frente começam a aparecer ações políticas. Os olhos voltam para as eleições de 2020, municipal. É natural, dá para se esperar isso e estamos preparados."



Texto:  Rodrigo Alves - MTB 42.583


Tribuna Popular

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