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17 DE MAIO DE 2019

Lideranças estudantis criticam cortes de verbas federais na educação


A defesa do movimento de Piracicaba é por educação de qualidade pública para todos.



EM PIRACICABA (SP)  

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Iolanda Pavan

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Angélica Borges

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Gabriel Colombo

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Gilmar Rotta

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Nancy Thame

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Tozão

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Lair Braga

Lair Braga
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Paraná

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Líderes estudantis

Líderes estudantis
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Líderes estudantis






O presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba, Gilmar Rotta (MDB) acolheu o pedido do movimento estudantil contra as medidas anunciadas pelo governo federal, no contingenciamento de verbas na educação, na ordem de 30% de redução, o que impacta na continuidade de pesquisas e afeta o processo de formação dos estudantes brasileiros. 

Gilmar Rotta suspendeu parte do expediente da 28ª reunião ordinária de ontem (16), por 10 minutos, para que três líderes estudantis se manifestassem na tribuna popular da Câmara. O vice-presidente da Câmara, Pedro Kawai (PSDB), no final da fala dos estudantes e com o apoio da Mesa Diretora ratificou a sugestão requerida pelas lideranças, no sentido de realizar uma audiência pública para discutir estas medidas governamentais contra a educação. A audiência ocorrerá em data oportuna, devendo ser utilizado as dependências do salão nobre "Prof. Helly de Campos Melges", rua Alferes José Caetano, 834, centro. 

Iolanda Pavan da Silva, presidente do Grêmio Estudantil Secundaristas de Piracicaba, foi a primeira a ocupar a tribuna, abordando a temática na defesa de uma educação de qualidade e de repúdio ao contingenciamento de verbas federais. "O movimento é de extrema importância. São sonhos que serão assassinados caso este contingenciamento passe. Que possamos sermos melhores representados", disse.

Segundo orador a ocupar a tribuna popular, Angélica Borges de Souza, do Diretório Central dos Estudantes da Usp condenou o projeto do governo federal. Também citou que a reforma da Previdência só vai aprofundar os problemas. Lembrou dos 300 anos de escravidão.

"Querem que ainda continuemos escravos do sistema", disse o estudante, que ainda ressaltou  o papel dos grêmios e da UNE (União Nacional dos Estudantes). Além destacar o papel do movimento estudantil, sempre ao lado do povo. E, fez um apelo pela organização, para que sejamos capazes de barrar a reforma da Previdência. Tambérm disse que ontem (15) foram mais de dois milhões de pessoas às ruas. Ainda enfatizou que os cortes e a reforma da Previdência não fazem parte de nossas vidas.

Terceiro orador a discursar na noite de ontem (16), Gabriel Colombo, da Associação Nacional dos Pós-Graduandos registrou o dia histórico no País, onde "não aceitaremos os cortes, fomos chamados de idiotas, que fazemos balbúrdias", disse.

Para Gabriel, idiotas são os ministros de Bolsonaro, que ignoram a força da juventude brasileira. O apelo é que todos participem da luta, incluindo os vereadores.

Gabriel também comentou sobre a realização de audiência pública, para o dia 11 de junho. E, reconheceu que diminuir dinheiro para a educação é cavar ainda mais o poço, o que vai resultar na privatização do ensino.

Também falou de bolsas que estão sem reajustes desde 2013. E, reforçou a importância do investimento do Estado, citando que em mais de 90% das pesquisas acadêmicas acontecem em locais públicos, sendo que há falta de verbas aos institutos federais.

Gabriel encerrou suas considerações reforçando o convite pela luta, no dia 30 de maio, quando o movimento estudantil e o povo voltarão às ruas para protestar contra as medidas do governo federal. 

Em questão de Ordem, o vereador Paulo Kawai reforçou o papel da Casa, em várias vezes criticar os cortes contra a educação, e como presidente da Comissão de Educação, defendeu a continuidade do debate sobre esta temática.

Pela Ordem, a vereadora Nancy Thame (PSDB) parabenizou os alunos e criticou o contingenciamento do governo federal na educação. A parlamentar citou que 80% dos alunos tem renda abaixo de um salário mínimo e meio. Além de reconhecer que o pais ficará sem opção de crescimento e, que haverá demanda de cientistas para outros países.

Pela Ordem o vereador Osvaldo Schiavolin, o Tozão (PSDB) defendeu a classe de empresários, sendo que a maioria não tem consciência de que tem trabalhado para ele. Do que adianta tanto estudo se não tiverem os empresários para os empregos, eles pagam impostos. "Sem empresários, país nenhum vai para a frente. O empresário é mal necessário", disse o parlamentar, além de registrar que não é favorável aos cortes, porém, na condição de microempresário, disse que também passa por dificuldades.

Pela Ordem, o vereador Lair Braga (SD) também parabenizou os estudantes e, falou dos empresários do ensino, que forçam o sucateamento do ensino, e citou a irmã do ministro da Economia, Paulo Guedes é ligada a grupo universitário. 

O presidente Gilmar Rotta também parabenizou a participação dos estudantes e, reforçou o papel da Câmara na discussão do tema.  

Também em pedido de Ordem, o vereador Alvisa Vieira Marques, o Paraná (CID) pegou gancho na fala de Tozão para reconhecer os empresários, e realçar os funcionários, de trabalhadores que levantam cedo e vão à luta. 



Texto:  Martim Vieira - MTB 21.939
Imagens de TV:  TV Câmara


Tribuna Popular

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