Paranaense, como o próprio apelido sugere, o vereador Aldisa Marques (PPS), o Paraná, tem uma história de vida marcada pela superação: sobreviveu da coleta de papelão e trabalhou por vários anos como flanelinha. Com residência fixa em Piracicaba desde 1995, o parlamentar em primeiro mandato participou do programa Primeiro Tempo, exibido pela TV Câmara nesta segunda-feira, 20.

Paraná nasceu em Inajá, mas mudou-se com a família aos 2 anos para Tapira, onde viveu até os 21. Morou ainda em Indaiatuba. Nas eleições do ano passado, conquistou 1.606 votos, o que o colocou como primeiro suplente pelo PPS. Conquistou a cadeira após a morte de Lóca Vitti, ainda em 2016.

"Tive uma vida que não foi nada fácil", declarou, sobre problemas com alcoolismo, superados com a colaboração e persistência da esposa. Também nas ruas, Paraná garantiu por vários anos o sustento da família. "Fiquei de 2000 a 2007 olhando carro na rua. Foi dali que construí a minha casa, para a glória de Deus", completou o vereador.

A população em situação de rua merecerá atenção do seu mandato. Tanto é que o vereador dialoga com a Semdes (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social) para a implantação de programa com empresas da cidade, de reinserção dessa população no mercado de trabalho, assim como de ex-presidiários. "Tenho uma assessoria que é do povo. Viemos para trabalhar, para queimar o rosto no sol. A minha vida é essa."

Morador do bairro Santo Antônio, Paraná também pretende atuar em defesa da sua comunidade e buscar recursos para os bairros do entorno, caso do São Jorge, Jardim Paineiras, Jardim Vitória, Nova Suíça e Volta Grande. Como conquista para a região, citou a implantação de um ecoponto, assunto tratado nesta segunda pouco antes da entrevista à TV Câmara, em reunião com integrantes do Executivo. Trata-se de uma reivindicação que dura quatro anos, destacou Paraná.