21 DE MAIO DE 2019
José Carlos Magazine ocupou a tribuna popular da Câmara durante a 29a reunião ordinária, na segunda-feira (20)
José Carlos Magazine ocupou a tribuna popular da Câmara nesta segunda-feira (20)
O servidor do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto), José Carlos Magazine, voltou a ocupar a tribuna popular da Câmara de Vereadores de Piracicaba, na noite desta segunda-feira (20), durante a 29ª reunião ordinária, para criticar a situação de trabalho na autarquia e lamentar a não abertura de sindicância contra o vereador Marcos Abdala (REP).
“O fato de ter vindo (na tribuna popular) no dia 28 de fevereiro abriu o precedente para votar a Comissão de Estudos (em andamento na Câmara) e a gente está mostrando uma série de irregularidades no Semae”, disse. Ele citou o problema no bairro Vem Viver, onde há despejo de esgoto in natura, há cerca de dois anos, na galeria de água pluvial. “Agora, dizem que vão demolir, como se ficasse tudo certo. Não está, não”, questionou.
“Em decorrência de ter passado por essa tribuna, estão aparecendo as coisas irregulares (dentro do Semae). Não adianta, o presidente (da autarquia) jogar 28 milhões de tudo debaixo da terra para fazer reforço de rede e ter uma frota sucateada, funcionário não tem equipamento para trabalhar e, até o presente momento, estamos sem médico”, ressaltou.
Magazine disse que encaminhou ao presidente da Câmara, vereador Gilmar Rotta (MDB), um pedido para abertura de processo investigativo no Semae. Apesar do parlamentar ter enviado ao prefeito Barjas Negri (PSDB) e o pedido ter sido, segundo o servidor, “prontamente acatado”, até agora não aconteceu nada. “O presidente do Semae nomeou servidores subordinados a ele para investiga-lo, isso não tem lógica”, criticou.
O servidor do Semae também criticou a decisão da Comissão de Ética da Câmara, que decidiu não abrir sindicância sobre uma declaração do vereador Marcos Abdala (REP), que, na oportunidade, questionava a mobilização dos funcionários da autarquia.
“Como pode um parlamentar levantar investigação falsa, dizendo que iria dar nome às pessoas envolvidas e, no final, pedir desculpa e achar que está tudo certo? Não está certo. Entraremos com uma ação no Ministério Público, porque retratação não é admissível no caso de injúria”, disse.