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19 DE OUTUBRO DE 2018

Eleita em Rio Claro, Carol foca história de vida e luta contra drogras


Em nome da Associação Juventude Ativa, na defesa do Projeto "Crack, só se for de bola", levado às escolas, com foco na prevenção e orientação contra as drogas.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 (1 de 3) Salvar imagem em alta resolução

Eleita em Rio Claro, Carol foca história de vida e luta contra drogras

Eleita em Rio Claro, Carol foca história de vida e luta contra drogras
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Eleita em Rio Claro, Carol foca história de vida e luta contra drogras
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Gilmar Rotta, Carol Gomes, Nancy Thame, Pedro Kawai

Gilmar Rotta, Carol Gomes, Nancy Thame, Pedro Kawai
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Eleita em Rio Claro, Carol foca história de vida e luta contra drogras






Vereadora eleita aos 26 anos, a mais nova na história da cidade de Rio Claro, no dia do seu aniversário, dois de outubro e, que também disputou uma vaga a deputada federal, no processo eleitoral atual, Carol Gomes ocupou a Tribuna da Câmara de Piracicaba, na 62ª  reunião ordinária, desta quinta-feira (18), logo após o presidente Matheus Erler (PTB) suspender o expediente por 10 minutos regimentais para garantir a sua fala, que também contou com a intervenção dos vereadores do PSDB, Pedro Kawai, Tozão e Nancy Thame, além de Trevisan Jr. (PR).

Carol falou de sua luta constante contra as drogas, com destaque na atuação da Ong AJA (Associação Juventude Ativa), no Projeto "Crack, só se for de bola", levado às escolas, com foco na orientação e prevenção às drogas. 

A consideração é que quando um jovem fala com o outro, a mensagem é sempre melhor recebida. O que faz a diferença são as escolhas que fazemos em nossa vida. Carol disse que dentro destas palestras, que leva às escolas, conta a história de uma menininha, que engravidou aos 13 anos, sendo que esta criança não tinha muitas condições, usava muita droga, nunca fez pre-natal, sendo que o médico disse que se o filho nascesse, teria problemas, sendo que ela parou de usar drogas, no oitavo mês de gravidez, como  se isso fosse mudar alguma coisa. 

Quando a criança nasceu, não foi constatado problema nenhum, o que foi um milagre, segundo os médicos. Mas, só que o problema da menininha não parou por aí, a mãe, já usuária de drogas e viciada, saía para se prostituir e deixava a filha dentro de casa, suja, com fome, sem banho, sendo que ela não ia se prostituir para comprar comida para a criança e sim para usar mais drogas. 

O pai chegava em casa, alcoolizado e, brigava com a mãe, o que representava um verdadeiro inferno na vida de uma criança, até que os avós paternos retiraram a criança da guarda deles e levaram a menininha para morar com eles. Mas, o inferno das drogas na vida da menininha não parou por aí, por que o pai foi morar junto, por que era o filho dos avós. 

Traficantes iam na casa da menininha cobrar dívidas de drogas, sendo que uma criança com oito ou sete anos de idade não tinha todo aquele dinheiro para pagar a dívida de drogas, o traficante gritava que ia levar a sua filha. A menininha entrava debaixo de uma cama e colocava as mãos nos ouvidos para não escutar aquilo que ia começar. 

Quando a menininha fez 10 anos, o pai foi numa clínica se recuperar e quando ele voltou para a cidade montou uma comunidade terapêutica para ajudar outras pessoas. Só que depois de 13 anos ele recaiu no vício, porque quando você entra no mundo das drogas você tem apenas três Cs: cadeia, clínica ou cemitério.

A realidade é que vivemos um dia após o outro, recuperando a mente. "E, esta é a minha história. Eu sou a menininha da história. Eu tinha tudo para ir no mundo das drogas. A revolta pelas drogas, por ter tirado a minha família; a minha mãe, o meu pai, principalmente da figura paterna, que é importante para uma filha.

Mas, eu sempre tive um sonho, queria ajudar outras pessoas. E, com 20 anos eu montei uma Ong, com o objetivo de ajudar jovens a não passar pelo que meus pais passaram. E, a tirar jovens da dependência química.

Por isso levamos comida aos moradores de rua. Por isso fazemos políticas públicas. E, por isso eu amo muito ser e estar vereadora. Por que é com o meu mandato que eu consigo ampliar as lutas que eu já travava antes mesmo de ter um mandato.

Eu agradeço muito a oportunidade de vocês. E, lembrem-se a vida é feita de escolha. E, eu escolhi pela vida, pela ética e pela honestidade. Agradeço a minha cidade, pela oportunidade. E, agradeço a minha região pelos 11 mil votos que me deu como candidata a deputada federal. E, podem ter certeza, a luta está apenas começando. A juventude tem muito, muito mais o que mostrar. É por isso que vamos lutar, concluiu Carol Gomes em seu relato histórico de vida e luta em prol da juventude.    



Texto:  Martim Vieira - MTB 21.939
Imagens de TV:  TV Câmara


Tribuna Popular

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