O vereador Laércio Trevisan Jr. (PL) usou o espaço para discussão de requerimentos na noite desta quinta-feira (4), durante a 2ª reunião ordinária da Câmara de Vereadores de Piracicaba, para cobrar informações sobre o saldo fiscal da Administração, envolvendo não apenas o orçamento da Prefeitura, mas também do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) e dos gastos direcionados para o combate da pandemia do novo coronavírus. 

“Eu quero o saldo financeiro da Prefeitura e das autarquias até 31 de dezembro de 2020, o quanto realmente ficou em caixa, o quanto o prefeito anterior deixou, qual é o recurso que o novo chefe do Executivo para saldar as dívidas”, disse, ao lembrar que maioria dos contratos da antiga gestão foi encerrado no final do ano passado e os “que eram de interesse deles” foram prorrogados por seis meses ou até 10 anos. 

Em relação ao Semae, ele quer saber os detalhes dos valores em caixa, tanto naquilo que diz respeito à conta corrente quanto ao que está na poupança que é da PPP (parceria público-privada) com a Águas do Mirante, empresa responsável por fazer a gestão do esgoto na cidade. “Nós tínhamos 70 milhões de reais, o que representa a metade do orçamento de uma cidade como Rio das Pedras”, avalia. 

No entanto, aponta o vereador, o serviço prestado pela concessionário “deixa a desejar”, já que, segundo ele, “leva de sete a dez dias para ver uma questão de vazamento”. Durante a sua fala na reunião ordinária de quinta-feira (4), ele lembrou que no próximo dia 12 haverá uma audiência pública para saber qual o direcionamento que a atual administração vem dando a este setor.

“A taxa de esgoto não pode continuar lesando os contribuintes”, disse, ao criticar o sistema de cobrança em que a cada real gasto com água é cobra outro real de esgoto. “Muitas vezes nem é tratado”, diz, ao reforçar que sempre cobrou a necessidade de saber o que é, de fato, tratado e o que não é.

COVID-19 – Trevisan Jr. também avalia que “outra questão importante” é a situação dos recursos para tratamento da Covid-19 e combate da contaminação pelo novo coronavírus. “Eu quero que estas informações sejam enviadas relacionadas sobre o quanto foi usado do dinheiro disponível”, disse. 

Ele afirma que ainda “não sabemos” o quanto de fato foi utilizado. “Se perguntar para o presidente da Casa, para qualquer um, não sabemos (o quanto foi utilizado de recursos), por isso precisamos ter esse relatório para fazer essa avaliação e que a sociedade saiba o que foi comprado, quantos leitos tem de UTI, que tipo de aparelho foi comprado, nós precisamos saber disso, isso se chama transparência”.