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03 DE JUNHO DE 2019

Piracicaba consolida pioneirismo sobre conscientização do vitiligo


Primeiro município brasileiro a criar lei instituindo o Dia do Vitiligo, lançamento de exposição fotográfica retrata este universo, conforme iniciativa de André Bandeira



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Davi Negri - MTB 20.499 (3 de 13) Salvar imagem em alta resolução

Piracicaba consolida pioneirismo sobre conscientização do vitiligo

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Maika Celi Amancio

Maika Celi Amancio
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Piracicaba consolida pioneirismo sobre conscientização do vitiligo



Exposição itinerante, iniciada na manhã de hoje (3), no hall do salão nobre "Helly de Campos Melges", rua Alferes José Caetano, 834, centro, de 3 a 7 de junho, seguindo para o Fórum de Piracicaba, rua Bernardinho de Campos, 55, bairro Alto, dias 10 a 14, passando pelo Senac, rua Santa Cruz, 1.148, entre os dias 17 e 21 e, novamente no hall da Câmara, dias 24 a 30 marca em Piracicaba os 11 trabalhos retratados pela fotógrafa, Jenyffer Previtalli, em projeto idealizado por Maika Celi "Vitiligo: Meu lugar ao sol", em parceria com o gabinete do vereador André Bandeira (PSDB) procura desmistificar as dúvidas sobre a doença, caracterizada pela descoloração da pele, causada pela diminuição de células produtoras de melanima. 

No ato inaugural da abertura da exposição, o vereador André Bandeira destacou a importância da somatória de forças, visando o bem comum, no despertar de conscientização da sociedade no rompimento de barreiras do preconceito e das barreiras sociais que impeçam os direitos de cidadania para todos. Além de considerar o pioneirismo de Piracicaba, em consonância com o Dia Mundial do Vitiligo (25 de junho), na criação de lei municipal. 

O vereador André Bandeira também destacou a iniciativa de Mailka Celi Amancio, na idealização do projeto, que abre discussão sobre o vitiligo e, que também demandará novas ações locais, a exemplo de parcerias com o poder público e até a criação de um programa municipal de amparo a estes cidadãos, que muitas vezes são diagnosticados de uma maneira tardia e, sem o acompanhamento de um médico especialista e sem amparo psicológico. 

O presidente da Câmara, Gilmar Rotta (MDB) também acompanhou a abertura da mostra fotográfica e, reconheceu o pioneirismo de Piracicaba em prol destes cidadãos, na criação de uma lei, que insere o dia do vitiligo no calendário oficial do município. "Devemos mostrar que o vitiligo não é motivo de exclusão na sociedade", destacou o parlamentar como forma de despertar a conscientização da sociedade sobre estes casos.

A curadora da exposição, Maika Celi Amancio falou da satisfação e alegria em apresentar este trabalho à sociedade, fruto dos encaminhamentos junto ao gabinete do vereador André Bandeira e, com o aval dos demais parlamentares, além de parecerias de organismos como o Fórum e o Senac. 

Maika também comentou sobre os desafios que dos 11 cidadãos retratados, a maioria mulhere, que se empenharam no projeto, discortinado um universo que nem sempre é retratado no dia-a-dia. 

A fotógrafa responsável pela mostra, Jenyffer Previtalli falou da importância de Piracicaba ser a protagonista em difundir este projeto no Brasil, na criação de uma lei municipal que evidencia estes cidadãos. 

Diagnosticada com o vitiligo aos 18 anos, em 2008, a doméstica Gleice da Silva Oliveira, que se deslocou da cidade de Itaquaquecetuba, zona leste de São Paulo contou um pouco das dificuldades que passou antes de ser diagnósticada, sendo que agora procura levar uma vida normal, com o auxílio de pomadas, que usa habitualmente. "No começo foi muito difícil. Sofria quando ia na praia e meu lábios ficavam sensíveis devido à exposição solar", disse.

Cristilaine Ribas, originária de São Paulo, em Piracicaba há mais de 30 anos também discorreu discorreu sobre o seu histórico, sendo diagnosticada com o vitiligo aos 22 anos, quando começaram a aparecer as primeiras manchas em seu corpo, sendo que foi à luta, na busca de tratamento, com a técnica cubana, oferecida na época por uma clínica no bairro Higienópolis, em São Paulo, sendo que nos mais de 10 anos de tratamento, os custos somados dariam para comprar uma casa ou apartamento. 

Segundo Cristilaine, o SUS (Sistema Único de Saúde) não cobre os medicamentos, sendo que o principal deles: Melagenina tem que ser adquirida a cada 20 dias, em custo superior a R$ 50,00. Cristilaine também apresentou a sua filha, Yasmin Ribas, que não apresenta sinais da doença.

Também estão retratadas na mostra e, participaram da abertura da exposição: Cristilaine da Silva, da cidade de São Pedro e a piracicabana Ariana Almeida.  

VITILIGO -  não tem cura, mas há tratamentos que ajudam a reestabelecer a pigmentação natural da pele. Vitiligo é uma despigmentação da pele resultado de um processo auto imune contra as células que produzem melanina, os melanócitos. A explicação exata do desenvolvimento desse processo ainda é desconhecida.

Diagnóstico

É essencialmente clínico, pois as manchas com pouca pigmentação aparecem geralmente em locais do corpo bem característicos, como boca, nariz, joelhos. O histórico familiar também é considerado. O diagnóstico deve ser feito por um dermatologista. Ele irá determinar o tipo de vitiligo do paciente, verificar se há alguma doença autoimune associada e indicar o tratamento mais adequado.

Tratamento no SUS

Consiste basicamente em interromper o seu avanço e se possível também, possibilitar repigmentação dessa pele. Quando conduzido de forma adequada a um profissional dermatologista, algumas pessoas que perderam a pigmentação de determinadas partes do corpo podem voltar a ter pigmento. O tratamento consiste na fototerapia com radiação ultravioleta ofertada em todo Brasil.

Prevenção

Não existem formas de prevenção do vitiligo. Como em cerca de 30% dos casos há um histórico familiar da doença, os parentes de indivíduos afetados devem realizar vigilância periódica da pele e recorrer ao dermatologista caso surjam lesões de hipopigmentação, a fim de detectar a doença precocemente e iniciar cedo o tratamento.

Em pacientes com diagnóstico de vitiligo, deve-se evitar os fatores que possam precipitar o aparecimento de novas lesões ou acentuar as já existentes. Evitar o uso de roupas apertadas, ou que provoquem atrito ou pressão sobre a pele, e diminuir a exposição ao sol. Controlar o estresse é outra medida.

O Dia Mundial do Vitiligo foi escolhido o dia 25 de junho em alusão à morte de Michael Jackson, que sofria de vitiligo e lúpus.

Leia também:

Vitiligo: o que é, causas, tratamento, cura e mais sobre a doença

Dia Mundial do Vitiligo



Texto:  Martim Vieira - MTB 21.939


Saúde André Bandeira

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