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29 DE JANEIRO DE 2013

Pacientes recorrem à justiça para não amputar membros


O aumento na oxigenação do sangue é eficaz no tratamento de pessoas com lesões graves como feridas de difícil cicatrização e necrotizantes, esmagamentos, abcessos c (...)



EM PIRACICABA (SP)  

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O aumento na oxigenação do sangue é eficaz no tratamento de pessoas com lesões graves como feridas de difícil cicatrização e necrotizantes, esmagamentos, abcessos cerebrais e outros males que causam dor, perda de membros e até mesmo a morte. A afirmação é da Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica, que recomenda o tratamento também para pessoas com intoxicação por monóxido de carbono e inalação de fumaça, como as vítimas da tragédia de Santa Maria (RS).

No entanto, embora comprovado cientificamente, a eficácia da oxigenoterapia hiperbárica ainda é contestada por órgãos de saúde que não a incluem na rede pública, sob a alegação de que o tratamento é alternativo e, por esta razão não consta na tabela do Sistema Único de Saúde. Nem mesmo os planos de saúde liberam o tratamento, cujas seções custam em torno de R$ 300,00 cada.

A falta de recursos para custear um tratamento que pode chegar a duzentas seções é o principal drama que tem levado dezenas de doentes a procurarem o gabinete do vereador Carlos Gomes da Silva (PP) em busca de ajuda. Isso porque o parlamentar tem ingressado na justiça com mandados de segurança para garantir o tratamento desses pacientes. O O2 Centro Hiperbárico, uma clínica particular de Piracicaba tem acolhido os doentes sem qualquer garantia de ser ressarcido pelo Poder Público.

O biólogo Renato Colete (44) é um dos pacientes que está fazendo o tratamento após encaminhamento do Capitão Gomes. Diabético há 17 anos, ele corria risco de ter o pé amputado em decorrência de uma enorme ferida que foi ocasionada pela infecção de uma bolha, causada pelo uso de um calçado novo. Desde setembro em tratamento, Colete já consegue caminhar e teve quase a metade do ferimento curado depois das seções em câmara hiperbárica. “Ele recebe 100 por cento de oxigênio puro e isso faz com que o sangue chegue à ferida, potencializando o efeito antibiótico dos medicamentos”, conta o médico Rafael Basso, diretor clínico do Centro Hiperbárico.

Na expectativa de que o tratamento seja assumido por planos de saúde e, em especial, na tentativa de sensibilizar a Prefeitura de Piracicaba a adquirir cotas de seções em câmara hiperbárica, até que o SUS reconheça o tratamento, o vereador Capitão Gomes tem atuado em várias frentes: além do ingresso na justiça para garantir a terapia, semana passada recebeu a visita da diretora regional de Saúde, Clélia Bauer, com quem iniciou as tratativas visando parceria com o governo estadual.

Gomes está reunindo informações para apresentar ao prefeito Gabriel Ferrato (PSDB) os elementos necessários para que a prefeitura ampare os pacientes em estado mais crítico. “As feridas causam marcas profundas, não apenas no corpo, mas na alma das pessoas, que muitas vezes se afasta do convívio social por vergonha e pelo preconceito que sofrem”, destacou o vereador.

Texto e Foto: Assessoria do Vereador



Texto:  Comunicação


Legislativo Carlos Gomes da Silva

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