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23 DE ABRIL DE 2019

'Não vai virar pizza', diz Trevisan sobre CPI do Semae


Parlamentar comentou sobre depoimentos de servidores da autarquia



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução

Questões obtidas nos depoimentos foram expostas pelo parlamentar na 21ª reunião ordinária






Presidente da Comissão de Estudos do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto), o vereador Laércio Trevisan Jr. (PR) aproveitou seu pronunciamento na tribuna da Câmara, nesta segunda-feira (22), para comentar sobre a linha de trabalho que está sendo adotada.

Segundo ele, cinco servidores da autarquia foram ouvidos na quarta-feira (17) e o conteúdo será encaminhado ao Ministério Público. Os argumentos chamaram a atenção de Trevisan. "Omissão, negligência, improbidade administrativa", disse o parlamentar. "Se depender do vereador Trevisan e dos demais vereadores da Comissão (Pedro Kawai, PSDB, membro; e Paulo Serra, PPS, relator), não vai virar pizza", completou.

Trevisan disse ter sido informado que na ETE Bela Vista, desde a sua fundação, nunca houve fiscalização no local, inclusive tem uma sala reservada ao Semae no local, que sempre permaneceu fechada. Já na ETE do Piracicamirim, a equipe de fiscalização foi destituída pelo atual presidente do Semae, o qual transferiu os fiscais para outros setores.

Os funcionários da autarquia também teriam relatado na CPI que uma empresa de grande porte da cidade é isenta da tarifa de esgoto. Trevisan definiu a questão como "grave" e disse que isso ocorre por se tratar de "amigos do rei".

Trevisan se disse insatisfeito também com um problema que afeta diferentes bairros da cidade, que ficam sem água em determinados períodos do dia, o que, segundo um dos depoentes, ocorreria por causa de ordens para que bombas fossem fechadas em algumas regiões da cidade.

Ainda durante os depoimentos, Trevisan descobriu sobre a inadimplência de 10 mil contas de água, que, mesmo não sendo recebidas pelo Semae, obriga a autarquia a pagar pela tarifa de esgoto à empresa Águas do Mirante, em função de PPP (parceria público-privada) estabelecida entre ambos.

Em seis meses de contrato, os cofres do município teriam repassado à empresa R$ 85 milhões, o que segundo Trevisan equivale ao Orçamento da cidade de Rio das Pedras para o período de um ano. Neste caso, os questionamentos do vereador são sobre publicação de ata da reunião que decidiu sobre o assunto, como também o teor do edital e quem teria autorizado aditamento dos valores entre Águas do Mirante e Semae.



Texto:  Rodrigo Alves - MTB 42.583
Imagens de TV:  TV Câmara


Legislativo Laércio Trevisan Jr

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