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25 DE MAIO DE 2018

Acácio Geraldo Souza de Godoy aborda reflexos dos 130 anos da Abolição


A consideração é que assinada pela princesa Isabel em 13 de maio de 1888, a Abolição é um processo de libertação que ainda não se efetivou na contemporaneidade brasileira



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução

Acácio Geraldo Souza de Godoy aborda reflexos dos 130 anos da Abolição






Acácio Geraldo Souza de Godoy, do Conepir (Conselho da Comunidade Negra de Piracicaba) ocupou a Tribuna Popular, na 30ª reunião ordinária de ontem (24) para discorrer sobre a temática: Abolição 130 anos – políticas públicas de inclusão e combate ao preconceito.

Acácio sinalizou que sua fala seria uma continuidade às reflexões dos 130 anos da Abolição, com foco na cidadania, sendo que acima de tudo, pelo Conepir, falaria de gratidão, de um Conselho que tem destaque nacional, em função de ações locais, como o lançamento de livro, com personalidades negras, em junção de material que serve de pesquisas para alunos e professores; o Hino da Negritude; o Dia de Ogum, em conquista que passou pela Câmara; folhetos afirmativos sobre abordagem policial, em trabalho de excelência com o poder público; ações firmes contra o racismo; o disk racismo, no 156, que é importante, por ser de três dígitos e gratuíto; convênio São Paulo contra o racismo; além de ações no Aglomerado Urbano de Piracicaba.

Diante de tantas ações, Acácio também falou do reconhecimento de parceiros. E, pontuou a continuidade da fala de Adney Araújo, presidente do Conepir. Também ressaltou o papel da Câmara, em defesa do negro, que incliu parceiros da Câmara e parabenzou ações do Executivo.

Acácio ainda relacionou parcerias, como o Conselho da Mulher e o da Juventude, incluindo as secretarias muncipais, a de Emprego, Trabalho e Renda. Além de acesso à educação e saúde.

Feito os agradecimentos, Acácio disse que em 2002 ocorreu a Conferência de Durban, na África do Sul, onde se constatou o óbvio, onde o racismo foi considerado um crime contra a humanidade, se constando que no caso do Brasil foram 400 anos de escravidão, o que causou atraso social.

Ao final da Conferência, decidiu-se que a maneira seria as políticas públicas de ação afirmativa, como forma de equilibrar as ações, o que resultou no Estatuto da Igualdade Racial; a pontuação adicional nos vestibulares, sendo que logo se deu apelido para elas, estigmatizando a coisa.

Para Acácio, o grupo social que se privilegiava reagiu a estas ações, apelidando de cotas, sendo que usaram do próprio brio da comunidade negra, esquecendo a questão histórica, sem que tivéssemos passado.

"Acho que cota é uma solução terrível, porque não se achou outra. Hoje é dia de agradecimento a quem me antecedeu, que lutaram antes de mim. A todos que continuam lutando, resistente, o meu muito obrigado e meu Axé", enfatizou Acácio.



Texto:  Martim Vieira - MTB 21.939
Imagens de TV:  TV Câmara


Tribuna Popular

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