Utilizar, para a construção de conjuntos habitacionais de interesse social, áreas que já tenham sido tomadas pela Prefeitura em razão da inscrição no débito da dívida ativa. É o que propõe o vereador Osvaldo Schiavolin, o Tozão (PSDB), em indicação que deu entrada na Câmara e agora segue para o Executivo.

A ideia do parlamentar é, com a medida, desatar os nós de dois entraves enfrentados pelo Poder Público: dar uma destinação a terrenos que já estão penhorados pela dívida ativa e usar principalmente aqueles localizados na região central para viabilizar empreendimentos populares.

Presidente da Comissão Permanente de Obras, Serviços Públicos e Atividades Privadas da Câmara, Tozão observa que é comum serem destinados à construção de moradias de interesse social terrenos situados na zona periférica da cidade, o que acaba por exigir do Poder Público investimentos também em obras de mobilidade urbana, hospitais, escolas e creches, quando é sabido que áreas mais centrais já contam com essa infraestrutura.

"Para facilitar o acesso da população a esses serviços, seria viável a construção de casas populares em locais centrais em áreas já penhoradas pela dívida ativa. Assim, os loteamentos ficariam em melhor localização e trariam essa população para 'dentro' da cidade, facilitando até mesmo para a Prefeitura, que não precisaria aumentar o perímetro urbano", avalia o vereador.