24 DE AGOSTO DE 2018
A campanha se inicia em Piracicaba, reunindo 29 sindicatos, em busca do apoio popular, em abaixo assinado ao governo federal para correção da tabela do Imposto de Renda
Paiva destaca importância de campanha do Conespi pela correção do IR
O sindicalista José Antonio Fernandes Paiva, presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região ocupou a Tribuna Popular da Câmara de Vereadores de Piracicaba, na 46ª reunião ordinária de ontem (23) para falar da campanha lançada pelo Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba), que agrega 29 sindicatos, em campanha que pretende sensibilizar toda sociedade, para que o governo federal faça uma correção na tabela do Imposto de Renda, que há mais de 20 anos acumula defasagem na ordem de 88,4%, penalizando a maioria dos trabalhadores.
O presidente da Câmara, Matheus Erler (PTB) reiterou a disposição da Casa de Leis em somar esforços nesta campanha, informando que na manhã de ontem (23) recebeu em seu gabinete a presença de representantes do Conespi, que vieram formalmente convidar o poder legislativo local como a primeira instituição para fazer parte deste movimento, pela correção da tabela do Imposto de Renda.
Como presidente da Câmara, Erler disse que desenvolverá uma série de manifestações na Casa, a partir do Fórum Permanente do Direito Previdenciário, Direito do Trabalho e Defesa do Idoso, além de audiências públicas para que a população se intere do tema e participe cada vez mais, tendo conhecimento de fato, no bojo, do que esta campanha pretende atingir.
Erler também anunciou que vai ser elaborado um documento, uma moção de apelo, com apoio dos parlamentares, para ser enviada para Brasília. A Câmara será um dos pontos de coleta de assinaturas. A Casa dará total suporte ainda no desenvolvimento de campanhas institucionais, no site oficial, na rádio Web e na TV Câmara.
Na campanha que se inicia em Piracicaba, o sindicalista José Fernandes Paiva demonstra que a tributação das pessoas físicas é injusta, onde precisamos fazer a discussão e tomarmos atitudes, pois estamos com defesagem de 88,4%, de 20 anos para cá.
O reajuste anual deveria ser da inflação do período, mas, a pessoa muda de faixa e isso consome o aumento de renda em função do reajuste. Desde 1996 não temos o acompanhamento do reajuste da tabela de acordo com a inflação apurada pelo próprio governo. Em vez de diminuir o repasse para os bancos, congelaram a tabela do Imposto de Renda.
Segundo Paiva, em 2002 teve reajuste que não acompanhava a inflação e em 2015, 5,6%. Hoje, quem ganha acima de R$ 1.904 já começa a pagar o imposto. "Hoje, se reajustarmos pela inflação do período, saltaríamos para R$ 3.556,56. São 20 anos de falta de reajustes. Não estamos fazendo uma campanha política, mas de defesa dos trabalhadores. De 1996 até hoje, a tabela foi corrigida em 109,63%, contra uma inflação acumulada de 294,93%, segundo o Sindifisco. É uma forma de justiça social e de fazer distribuição de renda", disse.
Para o sindicalista, se o trabalhador tiver dinheiro no bolso, ele vai ao consumo, movimentando a cadeia produtiva. "Sem acelerar o desenvolvimento econômico é inócuo qualquer proposta de candidatos. A Câmara será um ponto de coleta de assinaturas. A coleta irá até o dia 8 de outubro", concluiu o sindicalista.