O projeto de lei 137/2024, que institui o “Dia da Pessoa Trancista” em Piracicaba, foi aprovado  em segunda discussão durante a 37ª Reunião Ordinária. O texto já havia passado pelo Plenário da Câmara, na 36ª Reunião Ordinária, realizada na reunião ordinária de segunda-feira (17). A data será comemorada anualmente em 6 de julho.

A vereadora Silvia Morales (PV), do Mandato Coletivo “A cidade é sua” destacou que a iniciativa homenageia profissionais que reinterpretam tradições africanas de trançar, destacando seu impacto simbólico, social e econômico, especialmente para mulheres negras.

Na justificativa do projeto de lei, a vereadora destaca que as tranças possuem uma longa história cultural na África e no Brasil, associadas à identidade, resistência e ancestralidade afro-brasileira.

Um estudo de 2014 mostra que 70% dos cabelos brasileiros são crespos ou cacheados, enfrentando estigmas e racismo, e as tranças ajudam a combater esses problemas e promover a autoestima afrodescendente. Em Piracicaba, trançadeiras encontram afeto, identidade e conexão ancestral. Reconhecidas pelo Ministério do Trabalho desde 2009, elas refletem a significativa participação dos consumidores negros no mercado.

Inspirado por iniciativas de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, Piracicaba escolheu 6 de julho para homenagear Néia Tranças, pioneira no fortalecimento do trabalho das trancistas e na valorização da cultura afro-brasileira. Para Silvia Morales, o projeto enfatiza a importância das tranças para a autoestima e empoderamento da população negra, especialmente mulheres e crianças.