14 DE AGOSTO DE 2018
Parlamentar diz que medida precisa ser extirpada da LDB
Ela também se disse favorável à correção da tabela do Imposto de Renda
A vereadora Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes, a Coronel Adriana (PPS), se posicionou contra a progressão continuada no ensino brasileiro e disse que a sociedade precisa se manifestar, especialmente por se tratar de um ano de renovação na política. Ela fez o pronunciamento nesta segunda-feira (13), quando ocupou a tribuna da Câmara, na 43ª reunião ordinária.
"São N índices que colocam nossos jovens na condição de analfabetos funcionais. Não é possível termos a juventude relegada a esta situação, sem conseguir interpretar um simples parágrafo", disse a vereadora.
Segundo ela, desde o último dia 8 a Comissão de Educação e Cultura do Senado analisa um projeto de lei que trata da questão e vai ajudar a resolver os baixos investimentos na educação. "Até hoje ninguém me convenceu do contrário: a grande culpada é a progressão continuada. Acabou com a necessidade de o aluno estudar. Está em vigor desde 1996 e precisa ser extirpada da nossa LDB (Lei de Diretrizes e Bases)."
Adriana defende que o projeto seja analisado rapidamente, para entrar em vigor em 2019. Ela completou o pensamento e disse que a progressão continuada foi "o pior erro que aconteceu na educação" e que nivelou todos os alunos por baixo. "Quer coisa mais vexatória do que sair do terceiro ano do ensino médio sem saber ler?", indagou.
As considerações da vereadora foram reforçadas pelos colegas Osvaldo Schiavolin, o Tozão, e Pedro Kawai, ambos do PSDB.
Ainda em seu pronunciamento, Adriana se manifestou em favor da bandeira levantada por Wagner da Silveira, do Sindicato dos Metalúrgicos, pela correção da tabela do Imposto de Renda. Ela definiu a missão como "inglória" e disse que "é uma faca nas costas do trabalhador".