A vereadora Silvia Morales (PV), do mandato coletivo “A Cidade É Sua”, alertou para a grave crise institucional e os riscos para a democracia do País a partir das mobilizações chamadas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), realizadas no último dia Sete de Setembro, feriado nacional em celebração à Independência do Brasil. “Ele flerta com o fascismo”, disse. 

Silvia acrescentou que Bolsonaro tenta insuflar um “passado glorioso”, como se a ditadura cívico-militar brasileira tivesse representado um “sucesso de desenvolvimento e exemplo de administração pública”, pontuou, ao destacar que, ao contrário, este período da História nacional foi marcado pela quebra das liberdades civis e políticas, enorme corrupção e cerceamento democrático. 

“A convivência de visões diferentes é pressuposto das democracias, que não sobrevivem sem debate”, disse, ao lembrar que a estratégia de Bolsonaro vai contra esse princípio. “A gravidade não é o fato dos movimentos ocuparem as ruas, mas da forma como atua e promove o presidente da República em ataque às instituições, em especial o STF (Supremo Tribunal Federal”, disse.

A vereadora recordou que os ataques de Bolsonaro ao STF configuram “crime de responsabilidade”, o qual deve ser analisado pelo Congresso Nacional. “O País caminha sem rumo, o atual governo não tem projeto de País e dá as costas para a população e a crise se agrava”, enfatizou, acrescentando que o “Brasil precisa novos rumos e lideranças, com mulheres, representantes do movimento negro e LGBTQIA+, para lutar por causas mais justas”, disse. 

Silvia evocou o movimento denominado de “Democracia Corintiana”, que, em 1982, marcou o ponto de virada da sociedade pela abertura política, tendo contribuído para catalisar o sentimento que se elevou nas Diretas, Já! “Coloco aqui, também, a música do rapper Criolo, em que diz que meninos mimados não podem reger a nação”, destacou a parlamentar.