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15 DE MAIO DE 2019

Mesa debate inclusão de crianças com alergia alimentar nas escolas


Atividade marcou abertura da 2ª Semana de Conscientização da Alergia Alimentar



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Davi Negri - MTB 20.499 (1 de 10) Salvar imagem em alta resolução

Vereadora Nancy Thame é autora do decreto legislativo 17/2018, que instituiu na Câmara ações para discutir a alergia alimentar

Vereadora Nancy Thame é autora do decreto legislativo 17/2018, que instituiu na Câmara ações para discutir a alergia alimentar
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Vereadora Nancy Thame é autora do decreto legislativo 17/2018, que instituiu na Câmara ações para discutir a alergia alimentar

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Vereadora Nancy Thame é autora do decreto legislativo 17/2018, que instituiu na Câmara ações para discutir a alergia alimentar

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Vereadora Nancy Thame é autora do decreto legislativo 17/2018, que instituiu na Câmara ações para discutir a alergia alimentar



A inclusão de crianças com problemas de alergia alimentar no ambiente escolar esteve em debate na mesa-redonda promovida na Câmara na noite desta terça-feira (14), no Salão Nobre Helly de Campos Melges. A atividade abriu a programação da 2ª Semana de Conscientização da Alergia Alimentar, coordenada pela vereadora Nancy Thame (PSDB), e que segue com ações até a quinta-feira (16), no Sesc Piracicaba e na Etec Fernando Febeliano da Costa.

A rede municipal de ensino é composta por 72 mil alunos, segundo Daysy Diniz, coordenadora da alimentação escolar em Piracicaba. “O desafio é saber onde estão as crianças e o nome de cada uma delas”, esclareceu ela.

Segundo Daysy, foram feitas reuniões com o Conselho da Saúde e elaborado protocolo de atendimento nas creches para o mapeamento das crianças. Além disso, a Secretaria de Saúde disponibilizará um médico para analisar as situações com segurança. “A maioria chega nas unidades apresentando alergia alimentar e nem sempre é. Às vezes é intolerância. A gente não pode tentar acertar, a gente tem que ser certeiro”, completou.

Para a vereadora Nancy Thame, que coordena as atividades da Semana, é preciso tratar a questão como doença e problema de saúde pública. "Espero que as atividades não sejam 'vaga-lumes', que acendem e apagam, mas uma estrada iluminada, que traga horizontes”, disse a parlamentar.

Ela apresentou detalhes do projeto de lei 85/2019, de sua autoria, para a criação de um programa de segurança alimentar e nutricional nas instituições educacionais públicas e privadas do sistema de ensino de Piracicaba. A propositura foi apresentada este mês e está em tramitação nas comissões da Casa, antes de ir à votação em plenário. “No fundo, é preciso garantir o acesso à alimentação segura para todos, pois se trata de uma garantia constitucional”, completou Nancy.

Já Alessandra Cozzo Siqueira informou que o Conselho Municipal de Alimentação Escolar, da qual é presidente, trabalha para a mudança de comportamento nas escolas e nas adequações dos cardápios. “Quando tomamos ciência do aumento do número de crianças com alergias, nos mobilizamos. A maior parte das famílias, muitas vezes as próprias mães, não conseguem entender o que é, ou não têm entendimento para saber que aquilo é uma reação de algo que foi ingerido pela criança. Temos acompanhando as mães em reuniões com diretores e orientado as merendeiras”, disse.

O dia a dia de um nutricionista no ambiente escolar deve considerar necessidades que vão além da alergia alimentar, como problemas de saúde de hipertensão, diabetes, anemias e doença celíaca, por exemplo. Segundo Zélia Maria Altares, fiscal do CRN3 (Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região), a legislação assegura a alimentação diferenciada, desde que haja recomendações e laudos médicos, conforme previsto no Programa Nacional de Alimentação Escolas (PAE).

Há uma resolução do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) que estabelece os cardápios para diferentes faixas etárias e sua composição. "O nutricionista precisa se debruçar para oferecer os alimentos necessários de cada idade e saber de todas as necessidades especiais", disse Zélia.

PLANO DE AÇÃO – A médica Juliana Poli, alergologista pediátrica, acredita que os pais devem elaborar um plano de ação e acompanhar o seu cumprimento na rotina escolar. “As escolas devem manter adrenalina autoinjetável em caso de reação alérgica, treinar os funcionários para reconhecer as situações e ter cuidado com o risco de contaminação cruzada dos alimentos. E, principalmente, não tratar a criança como diferente”, recomendou.

Os alimentos com maiores índices de rejeição são leite de vaca, ovo (clara e gema), soja, trigo, amendoim e castanhas, peixes e frutos do mar, além do látex (reação cruzada com alimentos, como banana ou kiwi). De acordo com a médica, o impacto na vida dos alérgicos vai de depressão, bullying, menor auto estima, isolamento e dificuldade de ganho de peso.

Sintomas como tosse, falta de ar, dificuldade respiratória, dor abdominal intensa, vômito, sonolência ou alteração de humor podem estar associados à doença, conforme informou Juliana, que apresentou ainda as opções de tratamento e as substituições disponíveis no mercado. “As crianças não entendem muito bem o que é deixar de comer alimentos. Tem que educar pais e familiares, especialmente nas festas. É essencial fazer leitura de rótulos e ligar nos SACs das empresas, em casos de dúvidas. Os pais também devem levar comida nos eventos para a criança.”

As ações da Semana foram propostas por Nancy a partir de uma “provocação”, no ano passado, do coletivo Acolhimento Alimentar Piracicaba, que tem entre as integrantes Heloise de Souza Milano, presente na mesa-redonda desta terça-feira. “Somos a voz de quem fica acordado quando a criança tem reação, porque alguém deu só um pouquinho de um alimento e não sabia que iria fazer mal. Ou porque descobre que amanhã vai ter que fazer um doce, pois tem uma festa e seu filho quer participar. Ou que tem que ministrar uma injeção de adrenalina. O que reivindicamos são os espaços de diálogos”, declarou.

A mesa-redonda teve ainda a participação da defensora pública Carolina Romani Brancalion, que apresentou os caminhos para acionar a defensoria pública nas áreas de saúde, educação infância, família e criminal. Em Piracicaba, o atendimento é na rua Benjamim Constant, 823, Centro. Carolina comentou sobre o conceito previsto na PNAN (Política Nacional de Alimentação Nutricional). “Para as crianças em âmbito escolar, o respeito à restrição alimentar e fornecimento de alimentação adequada compõe o próprio direito à educação”, disse. “A solução está na inclusão", completou.

Confira as demais atividades da 2ª Semana de Conscientização da Alergia Alimentar

15 de maio - quarta-feira - 19h
Sesc Piracicaba (rua Ipiranga, 155, Centro)
Mesa-redonda A mensagem que a alergia alimentar está trazendo para nós
Com mediação e coordenação de Nancy Thame e Renata Pinotti (nutricionista da alergia alimentar), Jacqueline Spolidoro Alves (presidente do Conselho Municipal de Segurança Alimentar de Piracicaba), Caroline Melotto (professora de educação infantil da Maple Bear Piracicaba) e Jorge Torres (professor de ciências da Escola Estadual Dr. Prudente de Moraes)

16 de maio - quinta-feira - 9h às 11h30
Aula prática sobre alimentação inclusiva
Com Alessandra Cozzo de Siqueira (coordenadora do curso de nutrição) e membros do Coletivo Acolhimento Alimentar Piracicaba (atividade exclusiva para alunos da Etec Coronel Febeliano da Costa)

16 de maio - quinta-feira - 14h às 15h30
Palestra Reações alérgicas com choque anafilático e seus tratamentos
Com as enfermeiras Ana Elisa Ártico e Michelle Brasileiro (atividade exclusiva para alunos da Etec Coronel Febeliano da Costa).



Texto:  Rodrigo Alves - MTB 42.583


Saúde Nancy Thame

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