O vereador André Bandeira (PSDB) recebeu oficialmente a resposta do Executivo ao requerimento 294/2024, que trata da atual situação da fila de espera por cirurgias ortopédicas no município. A solicitação, encaminhada à administração municipal no ano passado, teve como objetivo esclarecer dados sobre a demanda reprimida e as ações adotadas para enfrentá-la.

De acordo com informações repassadas pela coordenação do Setor de Manutenção da Saúde, atualmente 1.195 pacientes aguardam atendimento ortopédico na cidade. Nos últimos cinco anos, foram realizadas 8.853 cirurgias ortopédicas, o que representa uma média anual de aproximadamente 1.770 procedimentos.

No entanto, "a situação é preocupante", como classificou o vereador: o tempo médio de espera varia de seis meses a dois anos, sendo que 480 pacientes esperam há mais de seis meses, 589 há mais de um ano e 126 há mais de dois anos. A fila é organizada conforme critérios médicos, priorizando casos mais graves ou de urgência.

A administração municipal aponta que a demora se deve, em grande parte, à necessidade de exames complementares e à priorização de cirurgias de urgência e emergência. Apesar do número expressivo de pacientes, foi informado que o município conta com médicos ortopedistas em número suficiente para a demanda regular.

Para tentar amenizar a situação, o município mantém parcerias com clínicas privadas e consórcios regionais, como o Cismetro (Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Metropolitana de Piracicaba). Além disso, está em andamento uma requalificação no escopo do Hospital Regional, que deverá ampliar a capacidade para realização de cirurgias ortopédicas, em parceria com o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde.

Em resposta à pergunta de André Bandeira sobre medidas concretas para a redução da fila de espera, a Secretaria Municipal de Saúde reafirmou as ações de ampliação da capacidade cirúrgica, especialmente com apoios regional e federal.

O vereador destaca a importância da transparência nas informações e do comprometimento com soluções concretas. "Nosso papel é fiscalizar, cobrar e acompanhar. A saúde é prioridade, e ninguém pode esperar dois anos por uma cirurgia. Vamos continuar monitorando e buscando alternativas junto ao Executivo e demais instâncias de governo", afirmou André Bandeira.