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12 DE ABRIL DE 2022

Greve do funcionalismo municipal é tema da Tribuna Popular


Vereadores manifestaram apoio ao movimento deflagrado pelo funcionalismo por reajuste salarial



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução

Dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Piracicaba usou a Tribuna Popular para falar sobre a greve






Na 10ª reunião ordinária, primeira realizada em formato presencial este ano, o tema da greve do funcionalismo público de Piracicaba em busca de reajuste salarial foi destaque na Tribuna Popular, que também foi retomada nesta segunda-feira (11). O espaço foi utilizado pelo orador José Osmir Bertazzoni, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Piracicaba.

O sindicalista lembrou que a maioria dos vereadores já manifestou apoio ao movimento do funcionalismo. Ele também criticou a recente decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que determinou o retorno de 100% dos funcionários que atuam em serviços essenciais, saúde, educação e segurança, além de 70% dos servidores que trabalham em atividades não essenciais, medida que culminou com o fim da paralisação.

Ele lembrou que, durante o movimento paredista, os serviços essenciais foram mantidos e que não havia motivos para que a Justiça entendesse a greve como abusiva. O sindicalista ainda argumentou que são três anos sem qualquer correção inflacionária dos salários do funcionalismo e que, apesar disso, o Poder Executivo insiste em pagar a reposição de forma parcelada até 2024. Ele lembrou que vários vereadores tentaram intermediar uma negociação com o prefeito Luciano Almeida (União) para que se chegasse a um consenso, mas não houve avanços.

Apoio - Vários vereadores usaram a palavra para ratificar o discurso do dirigente do sindicato. O vereador Cássio Luiz, o “Fala Pira” (PL), criticou a citação do prefeito, em entrevista à imprensa, ao dizer que os professores não trabalharam durante a pandemia. “A fala do sr. prefeito foi deselegante, ele foi despreparado, insano e realmente mostra que não sabe a que veio”, colocou. “Como se os professores gostassem de estar em casa trabalhando de seus próprios telefones, gastando sua internet. Foram cinco vereadores, dois deputados e ele não ouviu os representantes legais da população, quatro vezes que estivemos com ele. Imagine se ele vai ouvir esses servidores. O prefeito não respeita o Legislativo e nem os servidores”.

A vereadora Rai de Almeida (PT) disse que o prefeito atribui o movimento à questão política. “Ano político são todos os anos, todos os dias, todos os meses. A greve dos servidores foi por reposição salarial e não ganho real. Essa perda já se deu e ele não observou isso. Infelizmente, ele tem um posicionamento autoritário e o não atendimento é revanche, o que nós lamentamos”, afirmou.

A vereadora Sílvia Morales (PV), do mandato coletivo “A cidade é sua”, lembrou que esteve presente nas assembleias. “O movimento estava lindo de ver, vocês são vitoriosos. Estivemos também nas comissões de negociações e é lamentável essa postura (do Poder Executivo)”, disse.

“A cidade começa a perder o brilho com essa conduta de autoridade que está acima do bem e do mal”, afirmou o vereador Zezinho Pereira (União Brasil). “Precisamos fazer um combate a isso com toda força, toda garra e toda experiência que nós temos”.

Para o vereador Pedro Kawai (PSDB), o servidor sai fortalecido do movimento. “Para quem duvidava da união e da coragem do servidor público, aí está a prova. Eles tiveram coragem de enfrentar o sistema. O prefeito não sabe o que é sentir o choro dos servidores aqui no nosso ombro no dia em que saiu a liminar (determinando o fim da greve)”, lembrou. Para o vereador Thiago Ribeiro (PSC), houve uma união entre os vereadores em torno da causa, independentemente de legenda partidária. “Estamos aqui para fazer política pública, naquilo que impacta a qualidade de vida do cidadão”, colocou.

Os vereadores também manifestaram apoio ao projeto de lei 80/2022, de autoria do vereador Ary Pedroso Jr (Solidariedade), que garante aos servidores o direito de compensação dos dias em greve. A matéria recebeu 11 assinaturas, dos vereadores Paulo Camolesi (PDT), Pedro Kawai (PSDB), Paulo Campos (Podemos), Paulo Henrique (Republicanos), Sílvia Morales (PV), do mandato coletivo "A cidade é sua", Acácio Godoy (PP), André Bandeira (PSDB), Rai de Almeida (PT), Thiago Ribeiro (PSC), Zezinho Pereira (União) e Ana Pavão (PL). 

O discurso da Tribuna Popular pode ser conferido no vídeo, nesta página.



Texto:  Aline Macário - MTB - 39.904
Supervisão:  Rodrigo Alves - MTB 42.583
Imagens de TV:  TV Câmara


Reunião Ordinária Institucional Tribuna Popular André Bandeira Ary Pedroso Jr Paulo Camolesi Paulo Campos Pedro Kawai Zezinho Pereira Cassio Luiz Acácio Godoy Ana Pavão Thiago Ribeiro Rai de Almeida Silvia Maria Morales

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