10 DE OUTUBRO DE 2017
Fórum será composto por vereadores e representantes de cinco organizações (quatro sindicais e uma estudantil) ligadas à Unimep.
Erler discutiu na tribuna o projeto de decreto legislativo, aprovado nesta segunda-feira
Serão enviados nesta quarta-feira (11) os ofícios às cinco organizações (quatro sindicais e uma estudantil) que compõem o Fórum em Defesa da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) para que indiquem os nomes de quem as representarão nos encontros. Todos os vereadores também serão convidados a participar da instância de debates.
O fórum que discutirá a situação da tradicional escola de ensino superior foi criado oficialmente nesta segunda-feira (9), com a aprovação, durante a 58ª reunião ordinária, do projeto de decreto legislativo 52/2017, de iniciativa do presidente da Câmara, Matheus Erler (PTB).
Segundo a assessoria do parlamentar, a expectativa é de que até a próxima segunda-feira (16) sejam conhecidos os representantes (um titular e um suplente) da Adunimep (Associação dos Docentes da Unimep), do Sinpro (Sindicato dos Professores), da Afiep (Associação dos Funcionários do Instituto Educacional Piracicabano) e do Sindicato dos Auxiliares em Administração Educacional de Piracicaba, além da indicação de um representante titular pelo DCE (Diretório Central de Estudantes).
Confirmados os nomes, a primeira reunião do Fórum deve ocorrer ainda este mês. A ideia é de que os encontros possibilitem "discutir os problemas inerentes à universidade e que afetem a sociedade piracicabana, bem como sugerir medidas" à direção da instituição, como salientou o autor do projeto de decreto legislativo.
Ao discutir a propositura, na tribuna, Erler relembrou a participação incisiva da Câmara no acompanhamento da crise vivida pela Unimep, que teve em agosto o momento de maior tensão, com a paralisação dos professores como forma de protesto contra o atraso de salários, a destituição do reitor Márcio de Moraes e a série de problemas gerados pela troca do sistema de informática então utilizado pela instituição.
"A Câmara, mais uma vez, não se furtou de estar junto com a população: apoiou as reivindicações de professores, alunos e funcionários e realizou ações com o objetivo de normalizar o impasse relatado, bem como para solicitar o diálogo da Rede Metodista de Educação com entidades representantes dos docentes e alunos, já que eles apenas queriam chegar a um acordo sobre o que poderia ser feito", disse Erler.
O vereador destacou a reunião pública que atraiu cerca de 300 pessoas à Câmara em 17 de agosto, o abaixo-assinado on-line em favor da recondução de Márcio de Moraes ao cargo de reitor da Unimep e a moção de apelo, sobre o mesmo assunto, enderaçada à Rede Metodista de Educação.
"É certo que a Unimep é uma instituição particular ligada à Igreja Metodista, porém toda essa situação de instabilidade afeta a cidade como um todo. E esta Casa não pode se furtar de trazer o debate e propor medidas, junto com a comunidade acadêmica, para auxiliar, de algum modo, na solução desses problemas, sempre visando à autonomia da Unimep e invocando sua história de luta pela democracia", concluiu o parlamentar.