O expediente da reunião ordinária da noite desta segunda-feira (11), foi suspenso por 30 minutos para discussão sobre o Dia Internacional da Doença de Parkinson e a importância sobre a conscientização. Silvia Rigoldi Simões e Maria Lúcia Pianelli Sant’Anna, da Colibri - Associação Brasil Parkinson Núcleo Piracicaba, falaram sobre os sintomas da doença e as atividades da Colibri.

Silvia Rigoldi Simões, presidente da associação, elogiou a Câmara Municipal de Piracicaba por ter mostrado “sensibilidade social” ao aprovar em 2019, a pedido da Associação Colibri, a “Campanha Tulipa Vermelha", que tem abril como o mês de conscientização sobre a Doença de Parkinson.

“É fundamental que continue existindo por parte das autoridades eleitas a preocupação com uma política de saúde pública inclusiva. Nesse sentido, lutem para que principalmente não aconteça tantos atrasos na distribuição dos remédios de uso continuo. É desesperador ter a tecnologia para aliviar os sintomas, mas não ter acesso a ela”, afirmou Silvia Simões.

A presidente da Colibri também pediu que os vereadores apoiem e aprovem leis de inclusão e de isenção de alguns impostos, como IPTU, para uma população que já é “maltratada pela moléstia” que ainda exige gastos enormes. “É fundamental a parceria dessa Casa de Leis para maior qualidade de vida para quem sofre da doença de Parkinson como também para tantas outras doenças difíceis”, disse.

Silvia Simões informou que Parkinson é a segunda doença neurológica mais comum e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, atinge na melhor estimativa, cerca de 4 milhões de pessoas no mundo todo. “Como não é doença de comunicação obrigatória aos órgãos de saúde, tem-se apenas estimativas das pessoas acometidas pela doença, e a estimativa é de 100 a 200 casos por 100 mil habitantes”, afirmou.

A palestrante frisou que é mito falar que Parkinson é uma doença de pessoas mais velhas porque apesar de ser apontado que 1% da população acima de 65 anos é acometida pela doença, muitos jovens são diagnosticados com Parkinson. “Acresce-se a isso o aumento de expectativa de vida e o consequente envelhecimento, que já é uma faixa na qual há uma perda natural de neurônios, isso pressupõe que o número de casos possa dobrar até 2040”, alertou.

Ela explicou que Parkinson ainda não tem cura e as dificuldade neurológicas que a doença cria tendem a ser progressivas, pois são ocasionadas pela morte de neurônios responsáveis pela produção de dopamina, uma substancia necessária à coordenação dos movimentos de uma pessoa.

Associação Colibri - Maria Lúcia Pianelli Sant’Anna, vice-presidente da associação, falou sobre as atividades que a Colibri tem desenvolvido atualmente. “O trabalho de toda equipe Colibri significa metade do tratamento, além dos medicamentos. Piracicaba tem assim, uma associação que presta um serviço social que poucas cidades propiciam com o compromisso integral a pessoa diagnosticada com a doença de Parkinson”, disse.

A vice-presidente informou que a Colibri está com uma nova sede, localizada na rua Visconde do Rio Branco, número 1400, ao lado da creche São Vicente de Paulo.

A sessão foi suspensa por 30 minutos em atendimento ao requerimento 207/22, de autoria do vereador Pedro Kawai (PSDB).