15 DE MARÇO DE 2024
Músico é um dos líderes do Baque Caipira; atua com ritmos regionais, como o samba de lenço e batuque de umbigada
Vereadora Rai de Almeida (PT) é autora da homenagem
A Câmara Municipal de Piracicaba aprovou, na 12ª Reunião Ordinária, nesta quinta-feira (12), o projeto de decreto legislativo 68/2023, de autoria da vereadora Rai de Almeida (PT), que concede Título de Cidadão Piracicabano ao músico Maicon Faquim Araki. O baterista, multi-instrumentista, cantor e compositor usa o nome artístico de Maikão e trabalha com ritmos populares brasileiros, jazz, música instrumental, afrobeat, pop e música caipira.
Ao declarar voto, a autora do projeto destacou a veia artística do homenageado. "Este é um reconhecimento da sua história e participação na cultura, na arte e na defesa da cultura popular, caipira e do samba de lenço", afirmou. A vereadora Sílvia Morales (PV), do Mandato Coletivo A Cidade é Sua, também justificou o voto. "O Maicon é um entusiasta dos projetos da cultura", salientou.
O homenageado nasceu em 11/01/1987, em Miguelópolis (SP). É filho de Washington Araki e Clarice Faquim Araki. Aos 13 anos passou a morar em Piracicaba com o irmão mais velho, onde vendeu picolé, foi garçom, trabalhou em lava-jato e até em oficina de carros, mas não perdia o sonho de criança de ser um músico profissional.
Ele e seu irmão ganhavam dinheiro tocando em bares, na Rua do Porto, em eventos. Integrou a banda “Jamaiscando”, de Reggae. Logo depois foi estudar no Conservatório de Tatuí, onde teve aula e contato com grandes músicos, integrando ainda a Orquestra Vintena Brasileira. Por muitos anos, Maicon também integrou à Big Band Pira Jazz. Em Piracicaba, Maicon também teve contato com a cultura Caipira e, em 2007, teve uma experiência com o grupo Porto Maracatu, com Tony Azevedo.
Baque Caipira - Assim começou a levar instrumentos para a Rua do Porto e tocar com amigos. O movimento foi crescendo, passaram a tocar na Área de Lazer, depois no entorno da Casa do Artesão. Foi aí, então, que surgiu o Baque Caipira – que é reconhecido como grupo desde 2013. Hoje, o “Baque Caipira” e ele se constituem como uma comunidade muito forte e de grande importância para a cultura popular de Piracicaba, misturando os ritmos típicos do Nordeste com temáticas locais.
Paralelamente à sua atuação profissional como músico, Maikão sempre desenvolveu um trabalho voluntário, no Centro Dia do Idoso e em escolas da cidade. Em 2014, com a banda Zaíra, chegou à semifinal do programa SuperStar, da Rede Globo. Em 2018, subiu ao palco do Lollapalooza acompanhando Francisco, el hombre. Em 2022, com a baixista multi-instrumentista cubana Yusa e o violonista norte-americano Stive Smith. Além disso, Maikão trabalhou com o artista Otto em um show misto de composições autorais e lançou o single “Invasão” feat, com André Abujamra.
Na sua trajetória estão também festivais, produção de trilhas sonoras para curtas e longas-metragens, rally dos sertões, turnê pela Europa ao lado do Brasil Sauce Trio (com Samuel Gustinelli e Marcus Godoy), oficinas e vivências de atividade musical expressões corporais para terceira idade. Hoje, além de ser um dos líderes do Baque Caipira, atua com sua banda. Lançou, no final de 2021, o EP “Ascender”. Para completar, integra o grupo de samba de lenço “Mestre Antônio Carlos Ferraz de Piracicaba”.
“Representante do cenário do interior paulista, o artista faz de sua música uma celebração das suas origens – seja contemplando os tambores afro-brasileiros, seja nos ritmos regionais, como samba de lenço e batuque de umbigada, com maracatu de baque-virado. Maikão faz da música uma manifestação do seu trabalho dentro e fora dos palcos”, salienta Rai de Almeida, na justificativa da propositura.
Confira, no vídeo, as justificativas de voto.