A Associação Viva a Vida - Mulheres Mastectomizadas recebeu da Câmara a moção de aplausos 81/2023 em reconhecimento aos seus 35 anos de fundação. A entrega à entidade, hoje presidida por Joseane Leo Pires, ocorreu durante o primeiro expediente da 38ª Reunião Ordinária, na noite desta quinta-feira (29).

Autor da homenagem, o vereador André Bandeira (PSDB) elogiou o trabalho das voluntárias, fez menção a Wilma Godoy de Almeida, que fundou a entidade em 25 de maio de 1988, e destacou as milhares de pessoas ajudadas ao longo dos anos.

"Vocês são mulheres que fazem a diferença na nossa cidade e hoje aqui representam as guerreiras que participam desse trabalho já há muitos anos. Tenho certeza absoluta de que dona Wilma está comemorando o aniversario da Viva a Vida. São mulheres que passaram por uma situação difícil na vida, enfrentaram, venceram, se superaram e estão ajudando outras mulheres e a nossa sociedade", comentou o vereador.

"Tenho a vivência do meu próprio gabinete, que recebe pedidos de cadeiras de rodas, e recorremos à Viva a Vida para ajudar essas pessoas. E, com o maior prazer do mundo, dentro da disponibilidade, essas cadeiras são emprestadas e depois devolvidas", continou o parlamentar. "Estou falando só das cadeiras, mas quantas outras ajudas vocês fazem no dia a dia, por meio do social, do diálogo e da conversa que ajudam muito. Que venham mais 35 anos de muito trabalho, dedicação e saúde a todas vocês."

A vice-presidente da associação, Vera Cruz, ressaltou a importância do fornecimento de itens a mulheres que enfrentam o câncer de mama. "Estou na Viva a Vida há 22 anos, desde quando tive o câncer, e fui muito bem atendida. Lá a gente acolhe todas que nos procuram: temos próteses, sutiãs, turbantes, echarpes. Elas saem de lá felizes da vida, já adquirem outra visão da vida."

Vera Cruz também falou da atuação da associação no "Outubro Rosa", mês dedicado à conscientização e prevenção ao câncer de mama. "Chegamos a atender mais de 500 mulheres em dois dias, com médicos, todos voluntários, que nos ajudam em outubro. Encaminhamos todos os exames para o CPA, com preço mais acessível, e custeamos também."

Ela comentou que a Viva a Vida consegue se manter com as vendas de itens de vestuário e bordados, num "verdadeiro milagre". "A associação é filantrópica: sobrevivemos de um brechó. A gente não pede doação. Somos em torno de 45 voluntárias e nos revezamos. Ninguém é remunerado e os gastos que temos são luz, telefone. Compramos próteses, sutiãs, tudo para elas. Vocês não imaginam a quantidade de gente que precisa de cadeira de rodas", concluiu a vice-presidente da entidade.