O vereador Carlos Alberto Cavalcante, o Carlinhos (PPS), lembrou o fechamento do Hospital Espírita "Cesário Motta Júnior" ao comentar a situação da saúde pública em Piracicaba, durante reunião ordinária realizada na noite desta quinta-feira (24). A instituição, que dispunha de cerca de 500 leitos divididos em dois prédios, encerrou suas atividades na década de 1990, em razão de uma série de dificuldades.

"Que maldade fizeram quando fecharam o "Cesário Motta". Eu trabalhei lá, não é justo o que fizeram. Por mais que tivessem motivo, não se fecha um hospital: você o melhora e dá condições [para ele funcionar]", disse Carlinhos. Para o vereador, a cidade está "pagando o preço" por não ter evitado o encerramento das atividades do hospital, que era referência em Piracicaba e procurado até por pacientes de outros países da América do Sul.

Carlinhos recordou a trajetória do "Cesário Motta" ao comentar a falta de locais apropriados para tratar de usuários de entorpecentes. "Não há estrutura para dar suporte a pessoas drogadas e viciadas", apontou. "Essa questão não cabe ao governo municipal; ela é dos governos estadual e federal. O município não tem a responsabilidade de cuidar sozinho desses casos", completou.

O vereador ainda elogiou os investimentos recentes que Piracicaba vem recebendo, como a ampliação da hemodiálise da Santa Casa e a inauguração da sede própria da Central de Ortopedia e Traumatologia "Ide Choairy". "Saúde pública é investimento. Por mais problema que tenha na saúde, você não vai ver Piracicaba na situação em que estão outras cidades ou Estados. Piracicaba está em situação bem privilegiada", afirmou.

TRABALHOS SOCIAIS
Carlinhos também cumprimentou o grupo ArcelorMittal pelos trabalhos sociais desenvolvidos na cidade. Ele visitou a unidade de Piracicaba para conhecer os projetos realizados em parceria com lideranças comunitárias. "Fiquei contente porque vemos uma empresa desenvolver algo por quem mais precisa", contou.

Segundo o vereador, os programas sociais da ArcelorMittal envolvem crianças e adultos. "Senhoras que estavam deprimidas e tomando remédios conseguiram, com o trabalho desenvolvido, livrar-se dos medicamentos e estão tendo uma vida normal", comentou. Ele sugeriu que os projetos incluam cada vez mais as lideranças comunitárias. "Eles funcionam e trazem bons resultados para a cidade", observou.

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTO: Gustavo Annunciato / MTB 58.557