11 DE MAIO DE 2021
Discussão foi motivada por requerimento de autoria de Cássio Fala Pira.
Tema foi discutido na 13ª reunião extraordinária, nesta segunda-feira
A discussão do requerimento 448/2021, que cobra da Prefeitura a ampliação do número de médicos plantonistas nas UPAs (unidades de pronto-atendimento) da Vila Sônia e da Vila Cristina, teve críticas do vereador Cássio Luiz Barbosa, o Cássio Fala Pira (PL), ao secretário municipal de Saúde, Filemon Silvano.
Aprovado na 13ª reunião extraordinária, nesta segunda-feira (10), o requerimento ressalta que as duas unidades registram "fluxo grande de atendimentos, principalmente nesse período de pandemia", e que a demora verificada em ambas "é inadmissível, pois caracteriza a falta de respeito ao ser humano que procura pela UPA por extrema necessidade".
Cássio Fala Pira cita que as reclamações relacionadas "à demora no atendimento e à falta de médicos" chegam com frequência ao seu gabinete e pergunta quantos plantonistas trabalham nas UPAs da Vila Sônia e da Vila Cristina, qual o procedimento adotado pela Secretaria Municipal de Saúde na ausência de algum profissional e se há possibilidade de aumentar o número de plantonistas "para que o serviço se torne mais ágil e ofereça um certo conforto aos pacientes".
"Recebi esses dias uma mensagem do alto escalão da Prefeitura, falando que eu falto com respeito, o que é mentira. Não está tendo respeito é com a população de Piracicaba: idosos de 96 anos aguardando três horas na fila, faltando médico", comentou Cássio Fala Pira, ao discutir o requerimento. Ele contou que bloqueou o número de telefone de Filemon Silvano.
"Quando a gente liga para o senhor, não está pedindo favor, não adianta fechar a cara, fazer bico. Este vereador aqui, e acredito que os nobres colegas também, vai continuar cobrando", afirmou. "A gente vai ao Ministério Público, já que os requerimentos que a gente faz não vale de nada. Vou começar a tacar para a Justiça, dar nomes, já que não estão valendo a pena os requerimentos, como se a gente não fosse nada."
Gustavo Pompeo (Avante) também falou da situação que envolve os plantonistas. "Tem uma empresa contratada pela gestão passada, simplesmente os médicos faltam e não vão ao plantão. Se já tem um cronograma e aí o médico não vai, isso é um problema que está acontecendo. Ganharam o contrato e precisam cumprir."
"Os afastamentos dos profissionais da área da saúde, que têm positivado para Covid, até mesmo um surto de dengue, estão caindo direto na conta da população e, infelizmente, a resposta que vem é de que o profissional da saúde se afastou e não foi colocado nenhum profissional para cobrir", disse Fabrício Polezi (Patriota), sobre o retorno que obteve da secretaria.
Ainda sobre saúde, Laércio Trevisan Junior (PL) defendeu a compra de vagas-zero de leitos de terapia intensiva. "Tem um caso de um paciente esperando há quatro dias, não pode confundir as vagas de leito de UTI de Covid com outras doenças. Tem que se investir a verba de gerar leitos hospitalares imediatamente. Está aumentando a contaminação e isso tem que ser revisto pelo secretário."
Sobre a Covid-19, Ana Pavão (PL) falou que acompanhou nesta segunda-feira a vacinação que está sendo oferecida no ginásio municipal "Waldemar Blatkauskas" e recomendou às pessoas que cheguem próximas do horário agendado, para não gerar filas. "Fui às 14h, estava tudo organizado, lá dentro fluindo muito bem. Lá fora tinha muita gente, vale a pena reforçar para a população chegar 10 minutos antes; até então estava tudo organizado."