02 DE DEZEMBRO DE 2022
Redução da carga horária das atividades e do número de refeições oferecidas às crianças e adolescentes foram alguns dos pontos citados por Rai de Almeida na Tribuna
Vereadora condenou o novo formato de atendimento a crianças e adolescentes em vulnerabilidade
O edital do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), que insere um novo formato no atendimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social através da Smads (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social), foi alvo de críticas da vereadora Rai de Almeida (PT), em fala na Tribuna nesta quinta-feira (1º), durante a 63ª reunião ordinária.
A modalidade substitui o atual formato de atendimento nos Cases (Centros de Atendimento Socioeducativos), que, segundo a parlamentar, colocavam crianças e adolescentes como prioridade. A partir de agora, através dos CCI (Centro de Convivência Intergeracional), crianças de 6 a 14 anos, adolescentes e jovens de 15 a 17 anos e adultos serão atendidos nos mesmos espaços. Para a vereadora, a alteração configura um “desmonte” e um “desserviço” que deve precarizar o atendimento às crianças e adolescentes.
Rai de Almeida criticou a redução da carga horária das atividades, que, hoje, são oferecidas em dois turnos, de segunda a sexta-feira: no período da manhã, a partir das 8 horas, e no período da tarde, a partir das 13 horas, com duração de cerca de três horas. Segundo a vereadora, na nova modalidade as atividades terão duração de 1 hora e 30 minutos, de segunda a quinta-feira.
O número de refeições oferecidas, segundo a parlamentar, também será reduzido. Hoje, crianças e adolescentes têm acesso ao café da manhã ou ao lanche – para os que frequentam o período vespertino –, além de almoço ou refeição equivalente ao jantar. De acordo com a vereadora, a partir da mudança a refeição diária se restringirá a um único lanche.
Rai explicou que os Cases contam, hoje, com atividades esportivas, pedagógicas e culturais, além de recreações e períodos de convivência com familiares – o que, para a parlamentar, proporciona o “aumento do vínculo com a família e a comunidade”.
Na Tribuna, a vereadora criticou a justificativa dada pela titular da pasta da Smads, responsável pelos centros citados. “Essa alteração seria por baixa demanda pelo serviço e também pelas escolas municipais agora passarem a ter o ensino integral. Não é verdade isso”, declarou a parlamentar, que afirmou que a implantação progressiva do período integral nas escolas do município levará cerca de cinco anos para ser concluída.
A fala completa da vereadora pode ser conferido no vídeo disponibilizado nesta página.