18 DE NOVEMBRO DE 2022
"Já deixo clara a minha posição contrária a qualquer uma. Com quem vem para dar menor lance não vejo esperança", disse Trevisan.
Trevisan ocupou a tribuna durante a reunião ordinária desta quinta-feira
Diante da falta de médicos em UPAs (unidades de pronto-atendimento), que gerou desfalque no funcionamento dos postos da Vila Sônia e da Vila Cristina no último fim de semana, o vereador Laercio Trevisan Jr. (PL) expôs o cenário de poucas alternativas para reverter o atual quadro.
Ao ocupar a tribuna, durante a 59ª reunião ordinária, nesta quinta-feira (17), o parlamentar disse que, "juridicamente", a solução para o impasse está na elevação do subsídio do prefeito, que constitui o teto salarial pago ao funcionalismo municipal em Piracicaba. No entanto, o aumento do subsídio, hoje em R$ 15.500, se feito na atual legislatura, só valerá a partir da próxima, com início em 2025. "Não tem outra saída; aquele que vier falar o contrário está mentindo à população", afirmou.
Trevisan observou que, como profissionais que passam em concursos públicos já realizados não assumem as vagas por conta da limitação do salário pelo teto, a alternativa que está sendo adotada pela Prefeitura para atenuar a falta de médicos é contratar novamente uma organização social, repetindo o modelo que foi adotado na gestão do anexo da UPA do Piracicamirim.
Tal experiência, contudo, motivou Trevisan a criticar a decisão do Executivo em realizar pregão no próximo dia 7. "Já deixo clara a minha posição contrária a qualquer uma. Com quem vem para dar menor lance não vejo esperança. Porcaria vai vir, porque vai dar o menor preço e vai [a Prefeitura ter de] contratar. Na última contratação, a OS deu cano a empresas que prestaram serviços em Piracicaba."
"Teria que mudar o salário do prefeito, para que os médicos venham ao concurso público, mas isso, agora, só pode ser feito para uma próxima gestão. Não se pode aumentar o salário nesta gestão, então esta Casa só pode propor essa mudança para 2025", acrescentou Trevisan, que criticou governos passados. "A culpa vem da outra gestão, porque, na hora de pedir para aumentar o piso, congelou."