O vereador Fabrício Polezi (Patriota) criticou a oposição aos projetos de lei 44 e 45, do Executivo, que instituiriam nos bairros Campos do Conde e Monte Feliz áreas para construção de loteamentos habitacionais, em programa desenvolvido em parceria com o Governo do Estado de São Paulo. “Foi vendido o peixe que estes locais viraram ‘Cidade de Deus’”, disse o parlamentar. 

Ele lembrou que, inicialmente, os loteamentos seriam para famílias com até três salários mínimos, “mas depois isso foi alterado”, acrescentou o vereador. Polezi disse que o argumento utilizado de que as áreas institucionais não poderiam ser utilizadas para loteamentos habitacionais são “mentiras”, destacou. 

“O maior escritório do Brasil, que cuida de regularização fundiária, pelo qual quem responde tem um amplo currículo nesta área, diz aqui que a Lei Federal 6.76/1979, que é a lei que trata do desmembramento, define que o desmembramento deve ser realizado com autorização legislativa”, disse Polezi, ao destacar o papel da Câmara Municipal de Piracicaba no desenvolvimento do programa habitacional.

“Vamos parar de mentir um pouco, vamos ser honesto”, disse. “Para este vereador, que trabalhar com a verdade, não vou ter medo de desmascarar o peixe que foi vendido para os moradores. As pessoas deveriam ter coragem de assumir seus próprios erros”, acrescentou. 

Ainda na tribuna da reunião ordinária, o vereador lembrou que o papel de audiências não é fiscalizar, “mas discutir, debater e tratar de questões de interesses públicos”, disse, ao justificar voto contrário à requerimento que pediu convocação do poder público sobre a morte de uma criança picada por escorpião na UPA Vila Cristina. 

“Se o Ministério Público está investigando, se já tem sindicância da Secretaria de Saúde, então a audiência só serviria para a oposição sambar em cima do caixão de uma criança inocente”, concluiu.