Durante a 36ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Piracicaba, segunda-feira (17), o vereador Wagner de Oliveira (PSD), o Wagnão, presidente do Legislativo piracicabano, manifestou suas preocupações e críticas à gestão da saúde no município. Ele abordou a questão da saúde na cidade, destacando as frequentes mudanças na secretaria e a falta de continuidade na administração.

Wagnão expressou frustração com a alta rotatividade de secretários de saúde na atual administração, mencionando que as trocas foram tão frequentes que se tornou difícil lembrar os nomes dos responsáveis anteriores. Ele fez uma crítica direta ao Marcelo Pinto de Carvalho (definido com ordenador de despesas da Pasta), afirmando que tentou contatá-lo na semana passada, mas não conseguiu devido à falta de disponibilidade do secretário. O vereador questionou a “falta de tempo hábil” dele para administrar a secretaria, ressaltando que a gestão da saúde envolve vidas humanas e deveria ser tratada com a devida seriedade.

O presidente da Câmara mencionou casos específicos ocorridos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Jaraguá I e Jaraguá II. Ele relatou que a médica do Jaraguá I solicitou afastamento por motivos de saúde, enquanto a médica do Jaraguá II pediu demissão. Wagnão destacou que a substituição só está prevista para acontecer em 1º de julho, o que deixará cerca de 8 mil pacientes sem atendimento médico até a data, considerando os 4 mil pacientes atendidos em cada unidade. Ele considerou a situação uma "brincadeira" e enfatizou a urgência de uma solução.

Wagnão informou que pretende protocolar um pedido de audiência pública para que o atual secretário de saúde compareça à Câmara e forneça explicações sobre a situação. O vereador afirmou que, embora a administração anterior estivesse progredindo, o cenário atual está estagnado, sem avanços visíveis.

Em seu discurso, Wagnão dirigiu-se diretamente ao prefeito Luciano Almeida, afirmando seu respeito pelo cargo e pela eleição do prefeito, mas desafiando-o a tomar medidas eficazes para resolver a crise na saúde. Ele pediu ao prefeito que avaliasse a situação e atuasse de maneira decisiva, criticando a falta de ação por parte da administração.