13 DE SETEMBRO DE 2022
Fabrício Polezi criticou a construção de ciclovias, enquanto "prioridades necessárias vão ficando".
Fabrício Polezi ocupou a tribuna durante a reunião ordinária desta segunda-feira
Usando exemplos na área de trânsito e transportes, o vereador Fabrício Polezi criticou o Executivo por fazer obras que, segundo ele, atendem "nichos políticos", em vez de dar prioridade a demandas mais urgentes da cidade. O parlamentar comparou o público beneficiado com a ampliação das ciclovias no município, chamado por ele de "nicho", àquele que aguarda medidas contra os "constantes congestionamentos na saída do Campestre".
"Tantos e tantos milhões foram gastos com ciclovia e, quando nos posicionamos de que temos outras prioridades, fomos massacrados. O grupo dos 'bikelovers' entrava na rede social e massacrava, pareciam pinscher bravos. Hoje, você olhas as ciclovias da cidade, não passa uma bicicleta: é mais fácil achar dinheiro caído do que bicicleta. Tínhamos outras prioridades, muitas outras", criticou Polezi, ao ocupar a tribuna, durante a 41ª reunião ordinária, nesta segunda-feira (12).
O vereador compartilhou seu entendimento para o Executivo agir assim. "Fica atendendo nichos políticos: 'Tenho que fazer um negocinho aqui para agradar os ciclistas'. E as prioridades necessárias vão ficando, vão empurrando com o ladinho do corpo."
Polezi, no entanto, ponderou que, como vereador, é necessário ter paciência e que somente expor problemas sem apresentar soluções é agir com "sensacionalismo". "O tempo da Câmara é um, o da Prefeitura é outro. Vocês acham que a gente não cobra as secretarias? A gente cobra, mas temos que ter uma certa paciência: não tem lâmpada mágica, dinheiro não dá em árvore."
"Para a gente que é vereador, que cobra a secretaria, é 10 milhões de vezes mais fácil subir numa caixa de sapato e reclamar. Eu vou ficar em dia com a população, mas cadê a solução? Não tem, [esse tipo de vereador] vai eternamente ficar fazendo sensacionalismo, porque, na hora de resolver efetivamente o problema da população, vai ficar devendo, porque as secretarias não vão abrir diálogo com esse cidadão. Eu tenho de manter o meu equilíbrio aqui para manter diálogo com a Prefeitura, as secretarias", concluiu.