03 DE JUNHO DE 2022
Na reunião ordinária desta quinta-feira (2), o vereador Josef Borges (Solidariedade) ocupou a tribuna para falar do déficit de profissionais da saúde em Piracicaba
O vereador Josef Borges (Solidariedade) criticou o valor do teto salarial dos servidores municipais na 23ª reunião ordinária, realizada nesta quinta-feira (2)
Na 23ª reunião ordinária, ocorrida nesta quinta-feira (2), o vereador Josef Borges (Solidariedade) ocupou a tribuna durante os 10 minutos de tempo regimental de fala para tratar dos problemas decorrentes do teto salarial para a área da saúde na cidade de Piracicaba.
Um dos vilões da saúde é, para o parlamentar, justamente o limite salarial. A nível municipal, o teto da remuneração dos servidores é determinado pelo valor bruto recebido pelo prefeito - que hoje corresponde a R$15.500. Utilizando-se de uma apresentação de slides, o vereador apontou os valores do teto em outras cidades da região, a título de comparação: a quantia de Piracicaba está abaixo de cidades como Santa Bárbara D’Oeste, Campinas, São Pedro, Americana, Limeira e Bauru.
A situação, segundo o vereador, faz com que os profissionais, especialmente os médicos, acabem deixando a cidade em busca de melhores remunerações. “Um médico que gosta muito de trabalhar mas que precisa devolver dinheiro no fim do mês pelo bloqueio do teto não terá estímulo para continuar trabalhando”, pontuou. Do ano passado até o momento, 353 servidores foram contratados, enquanto 155 foram exonerados ou se aposentaram; a cidade apresenta, no momento, um déficit de 600 profissionais na área da saúde, conforme ele relata.
O parlamentar ainda destacou que, excluindo-se o desestímulo causado pela remuneração, os profissionais gostam de trabalhar na cidade, onde encontram uma boa estrutura do SUS (Sistema Único de Saúde), com 12 Unidades Básicas de Saúde (UBS), 55 Unidades de Saúde da Família (USF), 9 Centros de Referência à Atenção Básica (Crab), 2 hospitais de média e alta complexidade que são referência regional, entre outros.
Para o vereador, é necessário que a Casa avalie e fiscalize as propostas da Secretaria de Saúde para solucionar a falta de médicos enquanto esses profissionais não podem ter o salário aumentado; que os vereadores debatam e votem uma proposta de reajuste do teto salarial, que, caso aprovada, passaria a valer a partir da próxima legislatura, em 2025; e que medidas emergenciais e ferramentas auxiliares, como a elaboração de consórcios, sejam adotadas enquanto concursos públicos devem continuar sendo promovidos pela Secretaria, com o propósito de sanar de forma definitiva o problema.
A fala completa pode ser conferida no vídeo disponibilizado acima.