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12 DE MARÇO DE 2019

Trevisan Jr. questiona PPP da água, que retira recursos do município


Segundo o parlamentar, em R$ 10 milhões a título de economia, o município deixaria de arrecadar R$ 5 milhões que seriam gastos em parceria público-privada



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução

Trevisan Jr. questiona PPP da água, que retirada recursos do município






O vereador Laércio Trevisan Jr. (PR), na 10ª reunião ordinária, nesta segunda-feira (11), arguiu o artigo 205, do Regimento Interno da Câmara, para declaração de voto.

Ele comentou sobre a votação do requerimento 201/2019, aprovado em caráter de urgência, de autoria do vereador Dirceu Alves da Silva (SD), que solicita informações ao Executivo sobre os valores cobrados pelo consumo de água e esgoto da contribuinte Luzia de Jesus Barros, que não concorda com os valores cobrados pelo Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) quanto ao consumo de água e esgoto nos meses de fevereiro (R$ 213,76) e março deste ano (R$ 260,74). Segundo o requerimento, a situação familiar e o consumo de água não se alteraram em relação a 2018 e os valores cobrados estão "totalmente adversos dos outros meses e não condizem com a média que vinha sendo cobrada anteriormente".

Diante desses questionamentos sobre a cobrança de água na cidade, Trevisan demonstra que, na não-isenção de água para órgãos públicos e entidades, o município não ganharia com a questão, pois, a exemplo de R$ 10 milhões que seriam liberados, o município gastaria pelo menos R$ 5 milhões numa PPP (parceiria público-privada). "Pelo amor de Deus, é matemática financeira, não é política", rogou o parlamentar.

Em aparte à fala de Trevisan, o vereador Capitão Gomes (PP) mostrou que a isenção, na ordem de R$ 10 milhões, vem de uma época em que o Semae é quem tratava do esgoto, sendo que, se esses recursos estivessem de posse da autarquia, não teria o porquê de estabelecer a parceria agora.

Trevisan encerrou suas considerações na observação de que a contribuinte Luzia de Barros teve um "aumento abusivo" em suas contas, sendo que ela paga uma coisa que não gastou na água, mas paga para o esgoto.



Texto:  Martim Vieira - MTB 21.939
Imagens de TV:  TV Câmara


Reunião Ordinária Institucional Dirceu Alves

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