Declarações do prefeito Barjas Negri (PSDB) ao programa Comentaristas, da Rádio Educadora AM, ocorridas esta semana, motivaram manifestação do vereador Laércio Trevisan Jr. (PL), na 45ª reunião ordinária, nesta segunda-feira (26). Segundo o parlamentar, o chefe do Executivo teria declarado que a "Comissão de Estudos (do Semae, Serviço Municipal de Água e Esgoto) não é séria e que [Barjas] já sabe o resultado".

Ainda se referindo ao prefeito, Trevisan declarou que ele "quebrou o bolso da população com o aumento da água". Como exemplo, o parlamentar disse que um restaurante de médio porte gasta entre R$ 6.000 e R$ 7.000 mensais de tarifa de água.

Trevisan disse que a Comissão de Estudos do Semae, do qual é presidente, ouviu na semana passada o presidente da autarquia, José Rubens Françoso. Entre as perguntas, ele quis saber qual o valor da dívida da PPP (parceria público-privada) com a empresa Mirante (antiga Águas do Mirante), além de questionar sobre exoneração dos fiscais das ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) Piracicamirim e Bela Vista.

Para o vereador, a postura do presidente do Semae configurou "clara improbidade administrativa" e "clara quebra de contrato e dano ao patrimônio público". Trevisan explicou ainda que o requerimento de urgência de sua autoria, votado na mesma data, trouxe novamente os questionamentos feitos a Françoso.

Além disso, Trevisan trouxe detalhes de documento do Tribunal de Contas sobre dívida contratual entre o Semae e Mirante. Segundo o vereador, o parecer aponta descumprimento de cláusula contratual.