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08 DE NOVEMBRO DE 2019

Trevisan Jr. evoca artigo 37 da Constituição, princípio da moralidade


O parlamentar discorreu sobre decisão do Ministério Público em pedir na Justiça a demissão de diretora da Emdhap, além de questionar irregularidades envolvendo o Semae



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução

Trevisan Jr. evoca artigo 37 da Constituição, princípio da moralidade






O vereador Trevisan Jr. (PL), ocupou a Tribuna da Câmara, na 65ª reunião ordinária de ontem (7), por 10 minutos regimentais, ocasião em que evocou o artigo 37, da Constituição Federal, na questão da moralidade, para sustentar o pedido de demissão de diretora da Emdhap (Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional de Piracicaba).

O parlamentar reiterou que o Ministério Público pediu na Justiça a demissão desta diretora. Além de questionar o seu trabalho e processos licitatórios a que esteve envolvida.

Em Questão de Ordem, o vereador Marcos Abdala  (REP) interpelou as considerações de Trevisan Júnior para reiterar o excelente trabalho da Emdhap, em defesa de famílias que estavam desesperadas, como suplentes dos apartamentos, e que agora foram reintegradas.

Trevisan questionou as considerações de Marcos Abdala. E, o vereador Pedro Kawai (PSDB), na presidência dos trabalhos pediu respeito à postura dentro do plenário, na garantia da liberdade de expressão do vereador no uso da tribuna. 

Na sequência, Trevisan Jr. citou o vereador Capitão Gomes (PP)  e José Longatto (PSDB) -- o mais antigo na Casa, para reiterar suas considerações, na defesa da Câmara. Também comentou sobre ameaças que sofreu. "Eu sei o que passei e posso contar pessoalmente para o senhor", disse, ao se reportar ao vereador Marcos Abdala. 

Desvios, fraldes, falsificações de notas e dinheiro desviado, também foram colocações que Trevisan se referiu à Câmara, e anunciou trazer os fatos a público em outra ocasião.

Trevisan Jr. também falou da questão do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto). E, da chegada de propositura do Executivo, mudando lei anterior, que agora vem como lei complementar.

"Algo está errado, muito errado", disse o parlamentar reiterando irregularidades do contrato, desvio de dinheiro, pagamento de fiscalização sem que a obra tenha sido feita, além de outras considerações sobre as contas do Semae, que devem impactar o projeto na hora do voto.

"Com todo o conhecimento que tenho o meu voto será não. Assim como os vereadores Paulo Serra (CID) e Pedro Kawai (PSDB) tem, sobre o que veio da Comissão)", disse o parlamentar ao se referir às 1.739 páginas, do relatório final da Comissão de Estudos, que apontou inúmeras irregularidades nas contas do Semae.

Trevisan também citou que na época, em junho de 2012, seguido por José Pedro Leite da Silva, do seu partido, e José Antonio Fernandes Paiva votou contra a parceria PPP (Parceria Público Privada), na contratação da Concessionária  Mirante, sendo que na época se falava em sete milhões de reais ao ano o gasto com tratamento de esgoto, sendo que hoje gasta-se oito milhões de reais por mês. 

"Esta Casa não pode botar carimbo de regularidade em ações do Semae", concluiu Trevisan, além de criticar a forma de hidrometria a que a autarquia usa para aferir a conta do consumidor, que carece de melhor fiscalização para avaliar estes serviços prestados. 



Texto:  Martim Vieira - MTB 21.939
Imagens de TV:  TV Câmara


Legislativo Laércio Trevisan Jr

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