
08 DE FEVEREIRO DE 2019
O presidente da autarquia ocupou o expediente da reunião ordinária de ontem (7) para falar do problema da falta de água em Piracicaba
Trevisan Jr aponta falta de esclarecimento do Semae em reunião pública
O vereador Laércio Trevisan Jr. (PR) ocupou a tribuna da Câmara, por cinco minutos regimentais, destinados a líderes partidários, para considerar a suspensão do expediente, por 30 minutos, na 2ª reunião ordinária de ontem (7), onde o presidente do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto), José Rubens Françoso discorreu sobre o problema da falta de água observada em diversas regiões periféricas, incluindo o centro da cidade, devido a incidentes que culminaram em queda de energia, rompimento de tubulações e outras ocorrências que resultaram na interrupção do abastecimento de água.
"Tivemos uma interrupção de expediente e não foi possível fazer perguntas para quem a gente fiscaliza, porque quem estava coordenando os trabalhos acha que o vereador não pode fazer perguntas", disse o parlamentar, que também lembrou que o saldo do Semae, em 31 de dezembro do ano passado, não foi informado.
Para o parlamentar, precisamos saber, assim como o porquê de o PPA (Plano Pluri Anual) ter 83% de aumento para a Águas do Mirante, o que implica em 156 milhões a mais. Trevisan também questiona o que a empresa faz com estes valores, sendo que isso consome os cofres públicos em mais de 2 milhões. Além dos 8 milhões de reais que são direcionados ao PCJ (Consórcio das Bacias dos Rios, Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
"O que fizeram para Piracicaba no tempo em que receberam isso? Se reúnem uma vez por ano. Pessoas ganham de 13 a 14 mil reais para dar um parecer, que sabemos qual é", disse o parlamentar.
A vereadora Coronel Adriana (PPS) fez considerações na fala de Trevisan, lembrando que a Ares PCJ nem informações direita disponibiliza ao público, pois não atualiza o seu site.
Para Trevisan Jr. este sistema há tempo tem trazido preocupação. O parlamentar também considerou os 52% de perdas, em função de vazamentos que perduram por mais de dois anos. Além de indagar sobre investimentos que porventura foram feitos para sanar estes problemas. E, questionou sobre os serviços terceirizados, e de quantos servidores que se aposentaram, além de considerar o corte de horas extras, em cargos e chefias, que acabam por comprometer o sistema de abastecimento.