O vereador Laércio Trevisan Jr. (PL) participou do Programa Primeiro Tempo, da TV Câmara, em transmissão ao vivo, às 19h20, minutos antes da 57ª reunião ordinária de ontem (7), quando conversou com o jornalista Martim Vieira e pontuou o seu descontentamento com o processo eleitoral para a composição dos novos conselheiros em Piracicaba, onde a Câmara de Vereadores nem ao menos foi comunicada, segundo o presidente, Gilmar Rotta (MDB). 

Trevisan Jr. usou a palavra lamentável para qualificar o processo eleitoral na formação do novo Conselho Tutelar, da falta de planejamento, em fatos ocorridos, numa eleição viciada, que poderá até ser nula diante dos artigos 37, da Constituição Federal, na questão da publicidade, da razoabilidade, em inúmeros compromissos não assumidos, inclusive a proibição da população em votar se não tivesse munida do título de eleitor, mesmo estando de posse de seu RG, de sua carteira de motorista, em documentos com fotos. 

Para o parlamentar, matematicamente, a diferença destes votos influenciou em muito os candidatos que disputaram os cargos. Trevisan também alerta que nem nas eleições municipais este critério da exigência apenas do título é usado mais, sendo que hoje, com uma simples conferência pelo RG a pessoa tem o direito de votar. 

Trevisan também reiterou que a Câmara não teve acesso ao edital, não foi convidada a fazer parte. Disse que ficou por uma hora e cincoenta minutos na fila, obsevando que no local em que votou tinha apenas cinco urnas, em local sem acessibilidade, sem publicidade na imprensa, dentre outros fatores, lembrando que cidades a exemplo de Rio das Pedras, em apenas numa escola, teve 14 urnas, sendo que Piracicaba, com 10 vezes mais de pessoas, a população teve apenas cinco urnas. 

Trevisan encerrou suas considerações focando a questão do problema do saneamento básico em Piracicaba, com destaque ao papel da Câmara, na Comissão de Estudos sobre os serviços do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto), onde mais uma vez um servidor da autarquia foi convocado a depor. 

Além de comentar sobre nova audiência, nesta quarta-feira (9) para verificar problemas ocorridos na questão do esgoto em Piracicaba, na tentativa de finalizar os trabalhos na verificação da PPP (Parceria Público Privada), envolvendo a concessionária Mirante, com o Semae. 

O parlamentar também questionou valores na ordem de R$ 1.890.000,00 de adiatamentos para pagar contas de energia elétrica da Mirante, de uma concessionária que administra o serviço público. "Isto é uma absurdo jurídico", disse Trevisan, que também informou que esta questão já foi encaminhada ao Ministério Público. 

Trevisan encerrou a entrevista com vistas ao ano de 2020, na expectativa de mudanças políticas a que o povo será chamado a participar, em muitas aleterações que devem ocorrer no país, observando que muito se acreditou no governo federal e muito pouco se realizou.

Também anunciou expectativa de surpresas para Piracicaba, pois as coisas não estão funcionando de acordo, havendo falta de transparência em várias ações, onde a população está cansada de ser mal atendida nos prontos socorros, a cidade sem manutenção, com praças e lugares públicos abandonados. 

"Piracicaba não vai bem, não tem novas gerações de empregos. Nenhuma empresa veio para Piracicaba nestes últimos três anos. O que deve ser a razão da mudança em 2020", sinalizou Trevisan.